Relatório internacional mostra que ausência de plataformas unificadas compromete estratégias de automação e IA nas empresas
A multiplicidade de ferramentas, fornecedores e sistemas adotados por empresas tem se tornado um dos maiores entraves para o avanço da inteligência artificial (IA) no ambiente corporativo. A avaliação é de Marcos Oliveira Pinto, da Jitterbit, com base nos resultados do estudo The 2025 Automation Benchmark Report, realizado pela empresa em parceria com a Censuswide.
Segundo o levantamento, 67% das organizações operam com mais de 500 aplicativos em seus ambientes digitais, o que gera silos e fragmentação de dados, dificultando a automação e a adoção eficiente da IA. Além disso, 70% das demandas por automação ainda recaem sobre equipes de TI, muitas vezes sem acesso às ferramentas ideais. O dado mais alarmante: mesmo com 99% dos líderes de TI reconhecendo a importância de integração, 71% ainda não utilizam plataformas unificadas.
Na análise de Oliveira Pinto, a saída para esse gargalo está na adoção de plataformas integradas com camada de inteligência embarcada. Ferramentas como o iPaaS (plataforma de integração como serviço), com suporte a gestão de APIs, low-code e automação inteligente, são apontadas como caminho para reduzir a complexidade e promover resultados reais de negócio.
“Sem dados conectados e organizados, a IA entrega respostas imprecisas e toma decisões baseadas em informações incompletas. Isso gera não apenas ineficiência, mas também riscos operacionais”, alerta o especialista. Ele também destaca a importância da governança de dados e da responsabilidade algorítmica (AI Accountability), com mecanismos que garantam uso ético e auditável da IA.
Outro problema recorrente, segundo ele, é o excesso de planejamento e a falta de execução. “Esperar pelo cenário ideal paralisa a inovação. É melhor começar pequeno, com dados menos sensíveis, e evoluir de forma estruturada. A tecnologia está pronta para isso”, reforça.
Plataformas como a Jitterbit Harmony possibilitam centralizar integrações, testar fluxos automatizados e ajustar soluções em ciclos curtos. Isso garante agilidade e reduz o risco de erro humano, além de melhorar a colaboração entre áreas e acelerar a entrega de valor.
A mensagem é clara: a IA só funciona bem quando alimentada por dados de qualidade, organizados e integrados. Nesse sentido, a fragmentação de dados não é apenas um obstáculo técnico — é uma ameaça estratégica. Para superá-la, é preciso tratar a integração como prioridade e investir em soluções que promovam a conexão entre pessoas, processos e sistemas.

