Especialistas apontam que os nascidos a partir de 2025 crescerão em um mundo digitalizado e moldado pela inteligência artificial, exigindo adaptações das empresas

O ano de 2025 marca o início da Geração Beta, um grupo que promete transformar profundamente as relações sociais e profissionais. De acordo com Marcelo Treff, especialista em gestão de carreira e professor da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), a principal característica dessa nova geração será a ausência de fronteiras entre o real e o virtual, com uma conexão ainda mais intensa com a inteligência artificial e as tecnologias digitais.

“Desde cedo, essa geração será inserida em um mundo em que as barreiras entre o físico e o digital estarão cada vez mais borradas. Isso impactará não apenas as relações sociais, mas também a forma como essas pessoas se comportam e interagem no ambiente de trabalho”, afirma Treff.

O impacto da Geração Beta no mercado de trabalho

Para entender a Geração Beta, é preciso observar as gerações anteriores. Após a Geração Silenciosa (1923-1946), vieram os Baby Boomers (1947-1961), a Geração X (1962-1979), a Geração Y ou Millennials (1980-1995) e a Geração Z (1996-2009). Mais recentemente, a Geração Alpha, nascida a partir de 2010, cresceu em um ambiente fortemente digitalizado. Agora, a Geração Beta levará essa conexão a um novo nível, integrando inteligência artificial e realidade aumentada ao cotidiano desde a infância.

“Estamos falando de uma geração que crescerá com a inteligência artificial como parte natural do seu desenvolvimento. Isso moldará não apenas suas relações interpessoais, mas também sua forma de enxergar o mundo e interagir com ele”, explica Treff.

As empresas precisarão se adaptar às mudanças trazidas por essa nova geração, que tende a valorizar relações de trabalho menos presenciais e mais tecnológicas. Segundo Treff, haverá benefícios, como um maior entendimento sobre novas tecnologias e ética digital, mas também desafios, como o aumento de conflitos geracionais e a possível dificuldade de interação presencial no ambiente corporativo.

Empresas precisarão se preparar para essa transformação

Treff destaca que muitas empresas ainda estão ajustando suas dinâmicas para a Geração Z e que a chegada da Geração Beta representará mais um desafio para o mercado corporativo.

“Com a longevidade aumentando e a convivência entre diferentes gerações se tornando cada vez mais comum, as empresas precisarão promover uma troca de conhecimentos eficiente. As novas gerações podem contribuir com sua fluência digital, enquanto os profissionais mais experientes compartilham suas vivências e experiências”, analisa o professor.

Embora ainda seja cedo para prever todos os impactos da Geração Beta, especialistas indicam que a inteligência artificial terá um papel central nas novas relações de trabalho. Empresas que souberem equilibrar inovação tecnológica e aprendizado intergeracional poderão aproveitar melhor o potencial dos novos profissionais.

“Estar aberto ao aprendizado contínuo e valorizar a inserção da inteligência artificial nas operações será essencial para o futuro das empresas”, conclui Treff.

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