Nos últimos meses, venho repetindo uma frase que tem virado quase uma assinatura no que faço:
“O que separa as gerações não é o tempo. É a falta de tradução.”
E a cada palestra, cada conversa com empresários, RHs e colaboradores, essa verdade se revela com mais força.
Na minha última palestra, em Bragança Paulista, reunimos líderes e seus responsáveis por RH. O tema? Comunicação geracional com a Gen Z.
A dor? Todo mundo sente.
“Eles não querem nada com nada.”
“Só pensam em TikTok.”
“Não têm responsabilidade.”
Mas será que essa é a verdade… ou só a ponta de um iceberg mais profundo?
A verdade é que não é sobre eles. É sobre todos nós.
Como bem aponta a pesquisadora Jaqueline Milhome, autora da tese Gerações e Transformações Sociais no Brasil, não existe uma geração “melhor” ou “pior”. Cada uma é filha do seu tempo. Cada geração é um espelho da sociedade que a formou, e toda geração carrega as ausências e excessos da anterior.
A Geração Z está pedindo pertencimento.
Mas ela nasceu num mundo que ensinou performance.
Ela pede liberdade.
Mas cresceu sendo microgerenciada desde o berço.
Ela quer mudar o mundo.
Mas o mundo que deram pra ela já chegou colapsado.
O maior ruído não é o barulho. É o silêncio entre gerações.
O que está travando as empresas não é a nova geração, é a falta de vocabulário para liderá-la.
Não é que a GenZ não quer trabalhar.
Ela só não entende porque precisa bater ponto às 8h se vai entregar o resultado às 10h.
Ela não é mimada.
Ela só não aceita ser liderada por quem ainda confunde “autoridade” com “autoritário”.
Se você é empresário, a pergunta que fica é:
“A sua empresa está preparada para formar talentos, ou vai continuar reclamando que não encontra eles prontos?”
Porque a escola falhou.
A família muitas vezes falhou.
E o mercado, por décadas, só soube contratar e descartar.
O mundo mudou. O poder descentralizou. O futuro chegou.
E a liderança que sobreviverá não será a que grita mais alto, mas a que escuta melhor.
Então, o que fazer?
1. Traduza: Adote uma comunicação que entenda os códigos das novas gerações.
2. Forme: Toda empresa precisa investir em cultura, valores e onboarding adaptado.
3. Respeite: Gerações diferentes não competem. Elas completam.
Se isso fez sentido pra você, compartilha.
Ou me chama.
A ponte entre gerações já está sendo construída. E eu posso te ajudar com os tijolos.

Palestrante, comunicador e entusiasta das gerações. Estuda recursos humanos e empreende nas áreas de Comunicação e Marketing. Criou a primeira agência de marketing do Brasil focada em comunicação geracional (Pós Z Company), sediada em Bragança Paulista, onde atualmente só contrata colaboradores da Geração Z e Geração Alpha. Dedica-se a construir um ecossistema de comunicação geracional para preparar jovens para o mercado de trabalho futuro e conscientizar as empresas para receberem esses jovens com sua nova agenda e visão de mundo.

