Quando se analisa o tipo de mercado a investir, existem diversos fatores – que já abordamos em textos anteriores – que devem ser considerados. O que trataremos hoje é um bastante atual: a necessidade que você atende ou gera nas pessoas.

Sim, é possível gerar uma necessidade ao ponto de a sua existência, ou de empresas do segmento, fomentarem o desejo a ponto de criar um perfil consumidor. Mas, primeiramente, vamos tratar da necessidade que você supre. Já parou para pensar em qual necessidade sua empresa vai suprir? E essa necessidade nem precisa ser de um consumidor final, um CPF. Pode ser de uma outra empresa do seu segmento ou de porte maior que necessita do seu trabalho/produto.

Entender como, quando e onde atuar faz parte do LEAD, da liturgia que se completa quando você conseguir responder o que investir e por que razão fazê-lo. O investimento precisa atender uma obrigação de uma determinada parcela, de um público que precisa estar claro antes mesmo da criação da nova empresa. Esse público pode ser especializado, nichado, mas precisa estar bem identificado dentro da sua planilha de tomada de decisões.

Saber quem é o seu público te oferece a oportunidade de entender seu comportamento, períodos de maior demanda, necessidades mais urgentes, bem como, oportunidades ainda não atendidas. Enxergar o que te demanda trabalho é parte do retorno que fará seu dia a dia acontecer na prática.

Dentro desse mesmo raciocínio, empresas com baixa demanda e/ou com baixa penetração de mercado por erro estratégico ou de posicionamento (vendendo para o público errado) não enxergaram o que o mercado daquela região dizia a respeito do seu público-alvo. E, também, é por isso que existem empresas que criam demandas. Geram desejos e agregam valor aos mesmos.

Esse é o caso de bombonieres, lojas de perfumes, de presentes e camisas personalizadas. Muitas dessas – e aqui não estamos fazendo estudo de caso de nenhuma em especial – estão posicionadas dentro do espectro que potencializa o impacto da marca como presente ou como parte de um público conceituado.

Uma caneca simples, talvez custe quatro vezes menos que uma caneca com referências a um filme ou seriado. E, assim, são com as camisas e tudo aquilo que advém desse universo particular. Gerar pertencimento é trazer o cliente para dentro do seu mundo. É fazer com que ele trabalhe a seu favor, impulsione sua marca e se sinta feliz em empunhar, postar e presentear com seus produtos.

A palavra aqui, nessa porção de empresas com esse nível de abordagem, não é de trabalhar com fidelização apenas. Mas de manter o desafio de trazer encantamentos periódicos. Renovando no cliente a condição de parceiro, mantendo viva a necessidade de consumo. Agindo para quitar, ao mesmo tempo que alimenta a necessidade que passou a existir. Vendendo costume, atendendo com a excelência que o cliente passou a demandar e que agora passou a existir.

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