Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas sobe 0,6 ponto em dezembro, para 112,7 pontos, maior nível desde agosto deste ano (116,6 pontos).

“Após dois meses de quase estabilidade, o Indicador de Incerteza aumenta levemente o ritmo de alta em dezembro, e termina o ano acima dos 110 pontos, em nível ainda insatisfatório para o indicador. O resultado foi influenciado pelas incertezas da transição de Governo e o direcionamento das políticas econômicas do próximo ano, com destaque para a condução da política fiscal. A alta do IIE-Br foi motivada pelo componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, devido a maior heterogeneidade das previsões para a taxa Selic. Diante da conjuntura doméstica e internacional desafiadora, o Indicador de Incerteza deverá se manter oscilando em patamar elevado nos próximos meses”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.

Em dezembro, o componente de Mídia caiu 2,5 pontos, para 110,1 pontos, menor nível desde novembro de 2019 (103,6 pts.) e contribui para redução de 2,2 pontos no índice agregado. Em sentido contrário, o componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, subiu 12,8 pontos, para 117,9 pontos, maior nível desde julho deste ano (124,7 pts.), contribuindo 2,8 pontos para a alta na margem do IIE-Br.

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