Olá pessoal, vamos falar sobre inovação e não poderia ser o tema mais discutido após o advento da internet. Mas será que sabemos mesmo o que é inovar? Pois é, “inovar” não é apenas fazer diferente alguma coisa já realizada antes. Vou citar um exemplo: sites de notícias na internet são diuturnamente chamados de inovação ao jornal. Mas a matéria, os jornalistas, as câmeras, redatores, estes continuam lá, então não houve claramente uma inovação. Apenas houve que os veículos acompanharam e “se adaptaram” aos novos momentos, aos meios, caso contrário, morreriam. Poderíamos arriscar dizer que é a teoria da evolução de Darwin atuando também neste espaço.
Já o Twitter foi uma inovação na notícia – textos curtos, rápidos, alto alcance, ou seja, grande público atingido a uma velocidade inovadora. Isso foi fazer algo que nunca havia sido feito. Hoje podemos analisar o que foi “evolução” e o que foi “inovador”, e porque não dizer que os posts rápidos realizados de forma inovadora permitiram gerar mais notícias para evoluir os meios de comunicação – que de fato evoluíram.
Nesta coluna levarei a vocês algumas releituras sobre as inovações, mas também todo o modelo de gestão que mudou e evoluiu.
Um exemplo clássico de evolução e inovação ocorre em muitas salas de aulas no mundo. Salas de aula em que o professor usa uma lousa digital e o aluno seu tablet é uma evolução dos nossos antigos cadernos de papel e do velho giz poeirento.
Mas será que esta evolução faz o aluno aprender mais? Pela minha experiência, afirmaria categoricamente que não faz. No entanto, se o professor fizer uso de recursos audiovisuais de modelos, vídeos diversos – muitos do youtube, por exemplo -, sons durante a aula que demonstram a trajetória e a órbita dos planetas, isso faria o aluno aprender mais? A resposta seria “sim! Aprenderia”. Então podemos afirmar que além de evolução ele inovou a aula, ou seja, aproveitou-se da evolução da lousa digital, que foi um recurso importante, para inovar a aula.
Ministrei por três anos no projeto pedagógico PBL (Problem Based Learning, ou, Aprendizado Baseado em Problemas) no bom e velho giz, e digo que é uma metodologia pedagógica inovadora que faz os alunos buscarem primeiro “tentar resolver o problema” para depois demonstrarmos as bases teóricas do problema. E, assim, discutirmos os pontos fortes e fracos de cada solução – e digo que os resultados foram surpreendentes.
Espero que tenha ficado clara diferença importe entre evolução e inovação. No próximo artigo vou demonstrar algumas evoluções e inovações na Gestão de Negócios e trataremos sobre as empresas e os riscos que orbitam uma empresa nos dias de hoje.
Sérgio Akira Sato, CEO na InFormaSeg, é técnico em agricultura, matemático, analista de sistemas e mestre em engenharia mecânica. Empresário desde 1991, é também professor universitário de Gestão de Riscos na pós graduação na Universidade Mackenzie.