Especialistas destacam a importância da resiliência para transformar desafios econômicos em oportunidades

Fazer uma graduação de 4 ou 5 anos e não atuar na área escolhida tem sido uma realidade para muitos profissionais brasileiros. De acordo com a quarta edição da Pesquisa de Empregabilidade conduzida pelo Instituto Semesp e pela Workalove, 25,9% dos graduados trabalham fora de suas áreas de formação, enquanto 4,7% ocupam funções que sequer exigem diploma superior. O levantamento reflete os desafios de um mercado de trabalho instável, marcado por crises econômicas e pela busca por segurança financeira.

Apesar de parecer um retrocesso, especialistas afirmam que atuar fora da área de formação pode ser uma oportunidade de crescimento profissional. “Esse movimento deve ser visto como uma chance de ampliar o repertório e desenvolver novas competências, alinhando habilidades adquiridas na graduação às demandas do mercado”, explica Sonia Ramos, professora de pós-graduação em Psicologia Positiva pela Human SA.

O estudo também mostra que muitos profissionais aproveitam esses períodos de transição para investir em cursos de pós-graduação, MBAs e capacitações específicas, buscando redirecionar suas carreiras. “A educação continuada é um pilar essencial para se destacar em um mercado competitivo. Além de atualizar conhecimentos, ela amplia a rede de contatos e fortalece a confiança dos profissionais”, destaca Robério Andriolo, Sócio-Diretor da Human SA.

Em tempos de crise, planejamento estratégico e resiliência são fundamentais. De acordo com Sonia Ramos, “fatores como o medo do desemprego e a pressão pela estabilidade financeira acabam direcionando decisões profissionais, mas é possível transformar essas experiências em aprendizado e novas oportunidades”.

Flexibilidade e aprendizado contínuo têm se mostrado habilidades indispensáveis no cenário atual. “A carreira é uma construção dinâmica, onde cada escolha – mesmo fora da área inicial – pode agregar valor e abrir horizontes inesperados”, conclui Robério Andriolo.

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