Além da alta procura, pesquisa da Mission Brasil aponta que o complemento de renda e a possibilidade de efetivação são os principais atrativos para vagas temporárias neste fim de ano
Com a chegada do final do ano, a procura por vagas temporárias segue em alta no Brasil. Uma pesquisa realizada pelo Mission Brasil, maior ferramenta de serviços recompensados do país, revela que 77% dos entrevistados ainda estão em busca de oportunidades temporárias. O levantamento, que ouviu 200 usuários da plataforma, também indica que 69% dos candidatos priorizam vagas que ofereçam possibilidade de efetivação.
Oportunidades temporárias no mercado aquecido
De acordo com a Associação Brasileira do Trabalho Temporário (ASSERTTEM), o país deve registrar mais de 450 mil novos contratos provisórios até o final de 2024. Este cenário reflete a alta demanda do mercado e a necessidade dos trabalhadores por complementação de renda. “O aumento expressivo na procura por vagas temporárias é reflexo da necessidade de complemento de renda para muitos brasileiros, que sofrem com aumento de preços, aliado às oportunidades oferecidas pelo mercado no final do ano”, explica Thales Zanussi, CEO e fundador da Mission Brasil.
Entre os entrevistados, 43,5% declararam ter uma renda mensal de até um salário mínimo, enquanto outros 43,5% recebem entre um e três salários. Apenas 8,5% possuem rendimentos entre três e cinco salários, e 4,5% ganham acima de cinco salários. Para 55% dos participantes, a principal motivação para buscar um emprego temporário é complementar a renda, enquanto 17% procuram experiência profissional e 13,5% priorizam benefícios e flexibilidade.
Setores e funções mais procurados
A pesquisa também aponta os setores e funções com maior intenção de candidatura. Entre as áreas de atuação, o mercado de alimentos e bebidas lidera, com 20% das respostas, seguido por eletrônicos (16%), cosméticos e logística (14% cada) e vestuário (11,9%).
No recorte por funções, atendimento ao cliente é a posição mais buscada, com 22% das intenções. Em seguida, aparecem vagas para shopper (19%), vendedor (10%) e atendente geral (8%). Outros cargos como recepcionista (6%), auxiliar geral (4%) e estoquista (3%) também estão entre os destaques.
Preferências e perfil dos candidatos
Entre os 200 entrevistados, a maioria são mulheres (55%), com idade entre 29 e 38 anos (43%). A pesquisa revelou ainda uma preferência crescente por vagas remotas, mencionada por 40% dos participantes, um dado que, segundo Zanussi, aponta para mudanças significativas no mercado de trabalho: “O brasileiro tem buscado vagas remotas que possibilitem maior flexibilidade ao mesmo tempo que garantem a continuidade no mercado de trabalho.”
Contratos e possibilidades de efetivação
Sobre a duração dos contratos temporários, 31% dos entrevistados preferem vínculos de quatro a seis meses, enquanto 28% optam por três meses. Já contratos de curta duração, com dois ou um mês, atraem 20% dos participantes. Além disso, a possibilidade de efetivação foi destacada como um fator determinante para 69% dos entrevistados, evidenciando o desejo de transformar uma oportunidade temporária em um emprego fixo.
“Esses dados mostram que os brasileiros estão se adaptando às demandas econômicas atuais e buscando soluções práticas para equilibrar suas finanças. As vagas temporárias surgem como uma alternativa viável não só para aumentar a renda, mas também para adquirir novas habilidades e experiência profissional”, conclui Zanussi.