Empresas que não quitarem suas pendências até o prazo estabelecido poderão ser excluídas do regime tributário simplificado, perdendo benefícios fiscais e enfrentando dificuldades operacionais
Microempreendedores Individuais (MEIs), Microempresas (MEs) e Empresas de Pequeno Porte (EPPs) têm até o dia 31 de janeiro de 2025 para regularizar suas dívidas junto à Receita Federal e garantir a permanência no regime do Simples Nacional. A medida é essencial para evitar a exclusão de mais de 1,8 milhão de empresas notificadas em outubro, devido a débitos que somam R$ 26,7 bilhões.
De acordo com a Receita, quem não quitar as pendências será excluído do Simples Nacional a partir de 1º de fevereiro de 2025, perdendo benefícios como carga tributária reduzida e simplificada.
Opções para regularização
Para regularizar a situação, as empresas podem acessar o portal do Simples Nacional, o e-CAC ou o sistema Regularize da PGFN. A Receita oferece condições especiais de parcelamento, com descontos de até 100% em juros, multas e encargos legais, além de parcelamento em até 133 vezes, com entrada reduzida. A primeira parcela deve ser quitada até o prazo final.
Segundo Filipe Bandeira, advogado e contador da Fonteles & Associados, a regularização envolve também o Fisco Estadual e Municipal, dependendo da atividade da empresa. “É fundamental que as empresas consultem um contador para identificar débitos ou pendências que possam impedir a continuidade no Simples Nacional. Além disso, empresas que ainda não estão no regime, mas desejam aderir, também precisam regularizar suas dívidas até 31 de janeiro”, explica o especialista.
Consequências da não regularização
Empresas que não regularizarem seus débitos enfrentarão:
- Exclusão do Simples Nacional;
- Perda de benefícios fiscais;
- Dificuldade para emitir notas fiscais e renovar contratos;
- Prejuízo na competitividade, especialmente em setores que dependem de alvarás e contratos públicos.
O Sebrae reforça que manter os tributos em dia também garante acesso a benefícios previdenciários, como aposentadoria e salário-maternidade, participação em licitações públicas e linhas de crédito.
Com um processo simples e digital, a Receita busca incentivar a sustentabilidade financeira dos negócios e garantir que os empreendedores aproveitem essa oportunidade para manter sua competitividade no mercado.