Após meses de alta, alimentos como ovos, arroz e feijão ficam mais baratos e aliviam o orçamento do consumidor
Sinais de alívio no bolso
Dados recentes apontam que os consumidores começaram a sentir um leve alívio nos preços dos supermercados durante o mês de maio. De acordo com o Radar da Scanntech, o preço por unidade teve uma retração de 0,9% em relação a abril, enquanto as vendas subiram 1% no mesmo período. A queda nos preços reflete uma desaceleração da inflação e indica um consumidor mais cauteloso na hora de comprar.
Mudança de comportamento nas compras
Segundo Priscila Ariani, Diretora de Marketing da Scanntech, o cenário ainda é instável, mas há sinais de recuperação.
“Estamos observando no varejo alimentar um cenário ainda bastante volátil, com um leve crescimento nas vendas e sinais de melhora na confiança do consumidor. O shopper tem ajustado suas compras ao seu orçamento e achado formas de adquirir esses itens, seja optando por marcas mais baratas, embalagens melhores ou comprando uma quantidade menor”, afirma.
Proteínas recuam e puxam queda nos preços
As proteínas, que vinham em alta nos meses anteriores, foram responsáveis por boa parte do alívio em maio. O destaque foi o ovo, com queda de 8% no preço e aumento de 3,3% nas vendas, motivado pelo acúmulo de estoques nas granjas e pela queda na demanda após a Páscoa.
O frango e a carne bovina também ficaram mais baratos — 0,7% e 0,5%, respectivamente — e tiveram crescimento expressivo nas vendas, com alta de 8,3% e 9,6%. No caso do frango, a suspensão temporária de exportações por conta da gripe aviária no Sul aumentou a oferta no mercado interno.
Café em alta, mas cesta básica dá trégua
Apesar da tendência de queda em diversos itens, o café continua pressionando os preços da cesta de mercearia básica, com alta de 3,3% frente a abril. Por outro lado, produtos essenciais como arroz (-3,2%), feijão (-2,3%), leite (-1,7%) e óleo (-0,9%) registraram redução, contribuindo para equilibrar o orçamento das famílias.