Passados 18 meses de mandato dos atuais governantes municipais, já podemos avaliar o perfil de gestão praticada e o esperar dos próximos dois anos e meio? Confira nossas reflexões sobre eficácia na gestão municipal e avalie o momento de sua cidade!

Querides leitores! Não importa se você gosta ou não de política, é fato que você reside em algum município. Então sabe que a cada 4 anos entregamos pelo voto a gestão de nossa cidade a um grupo de agentes políticos, encabeçados pelo(a) alcaide-mor: o prefeito(a)!

Este grupo recebe enormes responsabilidades, e conta com elevadas expectativas de diversos segmentos da sociedade, que demandam ações e soluções na saúde, cultura, meio ambiente, habitação, e um etc. interminável – muitos objetivos, orçamentos limitados, e diversas ferramentas de controle social e político fazem da administração municipal um desafio complexo, que precisa ser exercido com competência de gestão e habilidade de relacionamento.

Como será que andam as administrações municipais de nossa região? Para todos cidadãos e cidadãs que desejam juntar-se à discussão, pergunto: sua prefeitura está mais para 1.0 ou 4.0?

Se a primeira providência dos alcaides foi ajeitar cargos públicos para os líderes dos partidos de apoio e parentes dos vereadores, estamos com uma autêntica administração 1.0, marcha lenta à ré… se nos primeiros meses houve iniciativa de renovação dos conselhos municipais com retomada de reuniões? Sintoma de uma prefeitura 3.0!

Cidadãos e instituições locais estão participando das discussões de políticas públicas, opinando efetivamente sobre serviços públicos? Avançamos para 4.0.! O governo priorizou sistemas e reorganização das secretarias – avançou uma casa para 2.0, mas se continuam em campanha, com promessas que não se podem cumprir por alegada falta de dinheiro e endividamento… 1.0 na veia!

Campanhas eleitorais demandam talento de comunicação e marketing, onde se multiplicam compromissos futuros e se vendem ilusões e expectativas (às vezes também se compram votos explicitamente…). A habilidade necessária para se ganhar uma eleição é completamente distinta das habilidades de gestão de uma cidade. Infelizmente muites candidates se preparam somente para a eleição, e depois não fazem ideia de como vão gerenciar a cidade! Resta então ficar na retórica do toma-lá-dá-cá, fechados no grupo político que luta 4 anos para manter seus privilégios.

Bons dirigentes trabalham com planejamento, responsabilidade fiscal, transparência, fomentam diálogo e participação. Equipes de governo competentes se formam por critérios técnicos e se pautam por metas e desafios ousados, mas exequíveis. A gestão se faz em rede, com respeito aos laços institucionais, à democracia e aproveitando ao máximo os espaços participativos, ampliando a capacidade de ação do governo.

Inovação, governo aberto, TI aplicada para gerar qualidade de serviço e atendimento aos cidadãos; ouvidorias que atuam como pesquisa permanente de satisfação dos munícipes, e interesses coletivos se sobrepondo aos interesses da classe política. Nos governos 4.0, as lideranças públicas são valorizadas e valorizam a razão de estarem ali, que nada mais é servir à comunidade que os elegeu.

Também temos a contrapartida – governos 1.0 são alimentados pela população 1.0, que não participa, não fiscaliza, reclama muito, mas se rende fácil a um afago ou favorzinho político, ou babam ovo para uma festona de arromba promovida pela prefeitura que se diz sem recursos para coisas que dão menos ibope político como educação ou saneamento.

Depois de 40 anos trabalhando em parceria com prefeituras fico bastante à vontade para dizer que conheci excelentes prefeitos e prefeitas (poucos na verdade…), que mantinham aspectos em comum: liderança inspirada, respeito pelo cargo que lhes foi entregue e a obstinação de construir um legado positivo de sua passagem pela administração pública. Com olhar no futuro, os bons gestores públicos sabem como buscar e otimizar recursos, e criam políticas públicas estruturantes que promovam desenvolvimento sustentável e prosperidade distribuída no território.

E aí? Como anda a gestão pública na sua cidade? Voando a caminho do futuro ou atolada no 1.0 da velha política? Divulgue estas reflexões, partilhe este artigo e participe de nossas redes sociais! Só vamos mudar o mundo se sentarmos no banco do motorista, mesmo que a gente não conheça bem o caminho. E quem conhece?

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3 Comentários

  1. Excelente reflexão, em tempo para eleições municipais onde nossa vida de fato acontece.

  2. Bom ,vamos por partes. Considerando que o sistema eleitoral brasileiro facilita a perpetuação de grupos políticos , a continuidade na sistemática de loteamento de cargos públicos nas secretarias municipais é recorrente, observe se que novamente o ministério público determinou a exoneração de servidores comissionados e revogação de portarias de servidores designados.
    Portanto , cabe analisar individualmente as ações desenvolvidas pelas secretarias , onde há exemplos positivos de políticas de inovação e modernização , destacando as ações junto ao sebrae, atibaia working inaugurado na última sexta feira , visando viabilizar o empreendedorismo e novos projetos, incentivos fiscais através do
    Programa Inovatii e fomento de novas empresas e geração de empregos em atibaia:
    Destacamos ações ainda nas áreas de segurança ,muralha digital etc, ações na área da educação com resultados positivos , dentre outras.
    Entendo que o processo de crescimento e modernização da cidade de atibaia passa pelos qualificação profissional da população e dos servidores públicos em geral,observe que há vagas a serem preenchidas em diversas empresas e não há qualificação profissional adequada ,valendo também para os servidores havendo servidores em cargos estratégicos sem a devida qualificação.,valendo também para a câmara municipal e o perfil dos vereadores eleitos.
    Atibaia pela localização tem um potencial gigante de crescimento, observe o orçamento em execução neste exercício ,quase 840 milhões, cabe a população cobrar direta ou indiretamente através dos vereadores eleitos a aplicação dos recursos em benefício da população .
    A classificação nos níveis de governo apresentada deve ser avaliada de modo a objetivar as ações de governo,tracando parâmetros atuais e objetivando onde se quer chegar .adotando as medidas administrativas necessárias para aperfeiçoamento da máquina pública em benefício da população.
    Finalmente . Reafirmo a velha frase ‘um país se faz com homens e livros ‘

    1. É pessoal, com certeza são desafios de cariz ético e estratégico – não se consegue fazer política pública decente abrindo mão de preceitos de eficiência e gestão. Se a equipe de governo não agregar valor técnico + articulação, prefeitos ficam apagando incêndio o tempo todo.

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