Estudo revela que políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) ainda têm alcance limitado no ambiente corporativo

Uma pesquisa da consultoria Michael Page revelou que quatro em cada dez empresas no Brasil concentram seus esforços de diversidade, equidade e inclusão (DEI) principalmente em campanhas de comunicação e políticas de contratações representativas. Essas práticas representam 41,4% das ações sobre o tema, superando iniciativas como celebração de datas comemorativas culturais (5,5%) e programas de mentoria para grupos minoritários (3,2%).

“Embora as práticas de DEI tenham ganhado força, as organizações ainda têm uma jornada pela frente para implementar políticas consistentes. O atual cenário do mercado de trabalho é composto por profissionais com diferentes expectativas, o que exige dos líderes uma abordagem estratégica para criar ambientes mais saudáveis e inclusivos”, afirma Isabel Pires, gerente-executiva da Michael Page.

Diversidade e inclusão no ambiente corporativo

O estudo, que entrevistou cerca de 6,8 mil profissionais e empresas de todo o Brasil, também revelou que 29,7% dos entrevistados acreditam que vivem em um contexto de maior diversidade e inclusão, com oportunidades iguais de crescimento profissional. Esse percentual supera os que nem concordam nem discordam (25,4%), os que concordam totalmente (24,5%), os que discordam (14%) e os que discordam totalmente (6,3%).

Mais da metade dos profissionais consultados (54,4%) acredita que suas empresas têm capacidade de desenvolver uma cultura de diversidade e inclusão, enquanto 24,7% não acreditam nessa possibilidade e 20,9% não têm certeza. Além disso, 50% dos entrevistados consideram importante trabalhar em uma organização que implemente e promova uma cultura de DEI.

Pontos de melhoria na diversidade corporativa

Os principais aspectos apontados pelos colaboradores como prioritários para a construção de um ambiente mais inclusivo são:

  • Igualdade geracional (16,1%)
  • Igualdade de gênero (15,2%)
  • Inclusão de pessoas com deficiência (13,9%)
  • Equidade étnico-racial (7,8%)
  • Inclusão da comunidade LGBTQIAP+ (5,9%)

Para Isabel Pires, a transformação da cultura organizacional depende de um compromisso ativo das lideranças.

“As lideranças empresariais precisam ser proativas na criação de um ambiente que valorize a autenticidade e a diversidade. Ferramentas de escuta ativa, como pesquisas anônimas de clima organizacional, são cruciais para compreender as reais necessidades dos colaboradores. Empresas que transformam esses insights em ações práticas promovem uma cultura de inclusão sólida e aumentam o engajamento. Ao priorizar essa escuta, as lideranças não apenas fortalecem a confiança interna, mas também impulsionam o desempenho organizacional”, finaliza a executiva.

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