Na última 2ª feira, dia 6, o Reino Unido deu um passo importante para um teste de 6 meses, no qual colocará mais de 3 mil funcionários de 70 empresas de áreas diferentes para testar a semana reduzida de trabalho composta por 4 dias úteis e 3 dias de descanso. O Objetivo é fazer avaliações de produtividade, clima, saúde física e mental, aumentar a satisfação dos colaboradores e ainda encontrar formas de lidar com o alto índice de desemprego em todo o mundo.
Caso você não saiba, os Emirados Árabes Unidos foram os primeiros do mundo a adotar a carga horária semanal de 4 dias úteis, o que abre as portas e a reflexão sobre o que está acontecendo no mercado de trabalho e das profundas transformações que estamos vivendo.
Mas, o Reino Unido não está só nesta tendência que promete revolucionar e trazer mais equidade profissional para muitas pessoas. Então, se você for como eu e já imaginou como seria ter em todas as suas semanas as 4ª feiras de folga, saiba que países como: Irlanda, Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia também já anunciaram que fará o teste da jornada reduzida de 4 dias úteis nas próximas semanas.
Certamente a pandemia de COVID-19 também acelerou muito este processo em todo o mundo de olhar para nosso trabalho e carreira de forma mais orgânica e mais integrativa, considerando nossas necessidades pessoais e de realização juntamente com os propósitos da empresa na qual se trabalha. Além de tudo isso ainda soma-se a reflexão sobre a flexibilidade e o trabalho remoto vivenciado em massa nos últimos anos.
As universidades de Oxford e Cambridge, em parceria com a Boston College nos EUA, estão juntas conduzindo esta pesquisa, além da contribuição das organizações sem fins lucrativos 4 Day Week Global Autonomy e 4 Day Week UK Campaign e revelarão os resultados do estudo em 2023.
Mas a pergunta que não quer calar é: Será que reduzir o número de horas semanais mantendo níveis de produtividade realmente funciona? Essa tendência pode chegar no Brasil?
A resposta não é simples, mas se olharmos para as tendências tudo leva a crer que em breve poderemos planejar um “churrasquinho” adicional em nossa semana e até mesmo uma viajar para praia com maior frequência.
Se juntarmos a este estudo outros estudos de movimentos de carreiras como: carreiras proteanas, optout, carreiras caleidoscópicas, carreiras sem fronteiras e vários outros nomes, certamente vamos chegar à conclusão que a relação de trabalho já mudou e que as mudanças trabalhistas e direitos do trabalhador ainda não conseguem acompanhar os movimentos os profissionais.
Perguntas que me faço:
• Será que isso quer dizer que teremos que ter uma nova safra de líderes que sabem como provocar o melhor engajamento do time?
• Nossos líderes estão preparados para alcançar melhores índices de produtividade sem agressividade dentro das Companhias?
• Será que as empresas estão preparadas para essa redução de dias sem a redução de salários e dispostas e dividirem melhor seus lucros com os colaboradores?
• Relações de trabalho estão mudando drasticamente, será que isso significa mais perda de mão de obra?
• Como você e sua profissão continuarão em alta, neste período de transformação?
• Será que a geração “Nem, Nem” conseguirá entrar no mercado de trabalho com mais facilidade?
Bom…já deu para ver que antes mesmo das novas folgas semanais, teremos muitos profissionais fazendo horas extras para saber como lidar com as relações trabalhistas, direito do trabalho, gestão de pessoas e indicadores. Então, calma lá pessoal, por ora é trabalho e rezar para fazer parte dos grupos de testes no Brasil também.
Abraços

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