Confiança em inteligências artificiais, checagem contínua de dados e personalização em escala devem concentrar as estratégias de TI no próximo ano

As inteligências artificiais generativas, o avanço do trabalho híbrido e a demanda por experiências mais personalizadas devem continuar no centro da agenda tecnológica das empresas em 2026. A avaliação é da Unentel, que aponta três eixos como determinantes para o próximo ciclo de investimentos em tecnologia: IA confiável, segurança zero trust e personalização em escala.

O grande desafio de 2026 será transformar tecnologia em confiança. As empresas chegaram ao entendimento de que inovar não é só implementar novas ferramentas o tempo inteiro, mas sim fazer isso de forma responsável, segura e com foco real na experiência do cliente”, afirma Aline Swensson, CSO da companhia.

IA confiável ganha status estratégico

A inteligência artificial tende a se consolidar como o centro das operações corporativas, o que exige regras mais claras de governança e transparência. Segundo a executiva, a credibilidade dos sistemas dependerá da capacidade das empresas de explicar como os algoritmos chegam às decisões.

Os modelos de IA já estão nas estruturas decisórias das organizações, influenciando desde contratações até concessões de crédito. Por isso, as companhias precisarão justificar suas escolhas automatizadas com o mesmo rigor de uma decisão de negócio”, diz.

Segurança “zero trust” se torna padrão

Com a ampliação do trabalho remoto e dos ambientes em nuvem, os limites tradicionais de segurança perderam eficácia. Nesse contexto, o modelo de zero trust — baseado no princípio de “nunca confiar, sempre verificar” — passa a ser referência.

Não se trata de desconfiar das pessoas, mas de proteger os sistemas mesmo quando há falhas humanas. Cada acesso precisa ser validado o tempo todo”, explica Aline.

Personalização em escala avança com limites éticos

Outro eixo destacado é o uso de IA para personalizar jornadas de consumo e antecipar comportamentos. A expectativa é de que empresas passem a prever necessidades em tempo real, ampliando o nível de experiência do cliente.

Aline ressalta, no entanto, que esse movimento precisa respeitar limites. “A personalização não pode ultrapassar a linha da invasão. O futuro da tecnologia depende de princípios éticos, privacidade e confiança”, conclui.

Compartilhar:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *