Especialista em comunicação corporativa revela aspectos indispensáveis para fortalecer a relação entre marcas e pessoas

O setor de comunicação corporativa passa por transformações significativas, impulsionadas pelas mudanças nos hábitos de consumo de informação e pela evolução tecnológica. De acordo com o relatório Digital 2024, divulgado pela We Are Social, mais de cinco bilhões de pessoas utilizam ativamente as mídias sociais. No Brasil, destaca-se que os brasileiros dedicam, em média, uma hora a mais por dia às redes sociais em comparação à média global. Ainda assim, boa parte da população continua consumindo notícias por meios considerados tradicionais, embora em formatos digitais.

A pandemia de Covid-19 acelerou ainda mais esse processo de digitalização, impactando diretamente o trabalho das agências de comunicação e assessorias de imprensa. Dados do 2º Censo Brasileiro das Agências de Comunicação apontam a existência de 1.145 agências no país, enquanto levantamento realizado pela Cortex em parceria com o Mundo do Marketing identifica mais de 180 mil empresas ativas no setor de marketing e comunicação, além de outras 40 mil que oferecem serviços correlatos. Em um cenário com tantas empresas dedicadas à informação, compreender as tendências e se adaptar às novas demandas do mercado é crucial.

1. O crescimento do jornalismo independente
A ascensão do jornalismo independente representa uma mudança importante na dinâmica entre marcas, consumidores e veículos de comunicação. Segundo o PR Daily, a busca por autenticidade e pluralidade nas narrativas está fortalecendo novos atores no cenário da informação. “O crescimento do jornalismo independente é um reflexo da busca por mais autenticidade e pluralidade nas narrativas”, analisa a jornalista Heloísa Paiva, especialista em comunicação corporativa. “Para nós, assessores, é fundamental entender que os meios tradicionais não são mais os únicos interlocutores válidos. Precisamos construir relações com uma nova geração de produtores de conteúdo que estão ganhando força no cenário digital”, complementa.

2. Dados e inteligência artificial como aliados da comunicação
A integração de dados e ferramentas de inteligência artificial (IA) nas estratégias de assessoria de imprensa é outra tendência que se consolida em 2025. “A análise de dados em tempo real se tornou indispensável para entender como nossas mensagens estão sendo percebidas”, afirma Heloísa Paiva. “Hoje, contamos com ferramentas que permitem monitorar não apenas o alcance de uma notícia, mas também o engajamento gerado por ela. Isso transforma a forma como desenhamos nossas ações, permitindo uma comunicação mais ágil, precisa e personalizada”, explica.

3. A relevância das redes sociais como espaço de conexão
As redes sociais seguem como um dos pilares da comunicação moderna, mas a forma de utilizá-las está se aprimorando. “O assessor de imprensa moderno precisa compreender que as redes sociais não são apenas um canal de distribuição, mas um espaço onde as marcas podem humanizar suas mensagens e se conectar diretamente com o público”, destaca Heloísa. Segundo ela, atuar com estratégia e propósito nesses ambientes é essencial para construir relevância em um mercado cada vez mais competitivo.

A adaptação como diferencial competitivo
Diante de um cenário dinâmico e em constante evolução, a capacidade de adaptação é apontada como uma competência essencial para os profissionais de comunicação. “Quem não acompanha as mudanças está, inevitavelmente, ficando para trás”, alerta Heloísa. “O mercado está mais desafiador, mas também mais cheio de oportunidades para quem entende o momento e está disposto a inovar”.

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