Com mais de 2,8 milhões de visitantes no primeiro bimestre, país se destaca e mostra potencial para crescimento sustentável no setor

O Brasil recebeu, entre janeiro e fevereiro de 2025, mais de 2,8 milhões de turistas internacionais — o maior número já registrado no período, de acordo com o Ministério do Turismo. O recorde foi impulsionado por eventos de grande porte, como o Carnaval, o Rock in Rio e o festival Todo Mundo do Rio, que trouxeram ao país atrações internacionais como Madonna e Lady Gaga, em uma época tradicionalmente considerada de baixa temporada.

Brasil na contramão do overtourism

O avanço do turismo internacional no Brasil contrasta com o cenário de países como Suíça, Espanha, Itália e Tailândia, que têm adotado medidas restritivas para conter os impactos do overtourism — fenômeno em que o excesso de visitantes compromete a qualidade de vida local e ameaça o patrimônio cultural e ambiental. Entre as ações adotadas nesses destinos estão a limitação no número de turistas, aumento de taxas de entrada e promoção de práticas sustentáveis.

Potencial para crescer com equilíbrio

Segundo Fábio Nahon, sócio-diretor da Pineapples e Diretor de Relações com Investidores da ABLT (Associação Brasileira de Locação por Temporada), o Brasil tem grande espaço para crescer no turismo internacional, desde que invista de forma estratégica. “O turismo é uma das principais fontes de renda e geração de empregos do país. Temos que aproveitar nossas belezas naturais, nossa cultura e nossa hospitalidade para nos tornarmos um destino de referência no mundo”, afirma.

Rio de Janeiro como vitrine do setor

Um dos principais exemplos do impacto econômico do turismo é o Rio de Janeiro, que vem registrando alta ocupação hoteleira e crescimento no aluguel por temporada. “A ocupação hoteleira e o aluguel de temporada na cidade têm registrado índices elevados ao longo do ano, impulsionados por eventos que atraem milhares de pessoas. O Rio é uma cidade vibrante, que oferece atrações para todos os gostos e bolsos. Temos que valorizar e divulgar essa riqueza para continuar crescendo de forma sustentável”, conclui Nahon.

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