Saber precificar é fundamental para alavancar as vendas online e fidelizar o cliente, principalmente nos marketplaces, que são excelentes vitrines; executivo ensina o passo a passo

A oferta de produtos por meio de marketplaces tornou-se uma estratégia fundamental para muitos empreendedores, pois essa é uma das modalidades que mais cresceram nos últimos anos. Dados recentes do E-commerce Brasil apontam que 76,4% dos lojistas que operam em marketplaces observaram crescimento em suas vendas. No entanto, a concorrência também é maior hoje, e para ter competitividade é fundamental precificar corretamente.

Segundo Rodrigo Garcia, diretor-executivo da Petina Soluções em Negócios Digitais, estar com seus produtos dentro de um grande marketplace trata-se de uma estratégia vantajosa que oferece grande visibilidade e acesso a uma base de clientes já consolidada. Contudo, segundo o especialista, a formação de preços é uma das maiores dificuldades enfrentadas por quem decide entrar nesse mercado. “Para muitos, encontrar o preço ideal que seja atraente para o consumidor e, ao mesmo tempo, rentável para o negócio é um verdadeiro desafio“, explica ele.

Pensando nisso, Garcia listou dicas para auxiliar na hora de definir o preço:

Calcular custos

Formar preços para vendas online envolve diversos fatores que impactam os custos e a percepção de valor pelo consumidor. Devemos considerar custos de produção e aquisição, custos operacionais, logística e frete, margem de lucro, análise de concorrência, percepção de valor pelo consumidor, impostos e taxas, estratégias de preço e descontos e promoções. Além disso, o frete também impacta nessa formação de preços e cada marketplace tem uma forma diferente de cobrança. Por isso, é importante entender como funciona cada canal,” explica o executivo.

De acordo com Garcia, entender cada um desses componentes é essencial para criar uma estratégia de preço que não apenas cubra todos os custos, mas também atraia e retenha clientes.

Análise da concorrência

Garcia destaca que conhecer os preços praticados pelos concorrentes permite posicionar seus produtos a um valor maior ou justificar um preço premium com base em diferenciais específicos.”Realizar uma análise de concorrência é essencial para definir preços de forma competitiva e estratégica. Isso ajuda a identificar o posicionamento de mercado, realizar benchmarking, destacar diferenciais de valor, detectar tendências de mercado e ajustar os preços conforme as estratégias dos concorrentes,” ressalta.

Considerar impacto dos impostos

Os impostos têm um impacto significativo na formação do preço final dos produtos. Devemos considerar o ICMS, IPI, Cofins, PIS, ISS e substituição tributária. Além desse ainda tem o Difal, ou Diferencial de Alíquota do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), é um imposto obrigatório para todas as empresas que vendem produtos ou serviços entre estados, a única exceção são empresas optantes pelo Simples Nacional. Todos esses impostos precisam ser calculados para garantir que o preço cubra todos os custos e ainda ofereça uma margem de lucro adequada,” afirma. O executivo enfatiza que uma compreensão clara das obrigações fiscais e a inclusão desses custos na formação de preço são fundamentais para evitar “surpresas” financeiras.

Cuidado ao precificar promoções

Segundo Garcia, promoções bem planejadas podem aumentar significativamente as vendas e atrair novos clientes, mas devem ser estruturadas de forma a não comprometer a saúde financeira da empresa. “Ao precificar promoções, é fundamental garantir que elas sejam vantajosas tanto para o consumidor quanto para a empresa. É importante considerar a margem de lucro, a percepção de valor, o limite de tempo e quantidade, o objetivo da promoção, o custo de aquisição do cliente e a conformidade legal“, finaliza.

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