A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) é uma lei que tem como foco a proteção do titular dos dados pessoais, que são as pessoas. Para tanto, a referida lei estabelece diretrizes e regulamentos para o tratamento de dados pessoais por empresas e organizações, com o objetivo de garantir a privacidade, a segurança e os direitos dos indivíduos cujos dados estão sendo tratados. Conhecê-los é muito importante para garantir a privacidade e proteção de dados das pessoas, bem como fortalecer essa cultura em nosso país.

A LGPD dedica um capítulo, o III, exclusivamente aos direitos do titular, o que por si só já demonstra a magnitude do tema. Mas quais são esses direitos e em que situações podem ser pleiteados? Vamos entender um pouco mais sobre esse assunto!

Um dos direitos é o direito de acesso, que permite que o titular requisite e receba uma cópia gratuita e em formato acessível dos Dados Pessoais tratados pela empresa e/ou organização. Já a confirmação do tratamento, é um direito que permite ao titular requisitar e receber uma confirmação sobre a existência de coleta, armazenamento, compartilhamento ou qualquer tipo de Tratamento a partir dos Dados Pessoais deles.

Outro direito muito importante que pode ser requisitado pelos titulares é o de correção de dados incompletos, inexatos ou desatualizados, para os casos em que o titular identifique alguma incorreção ou imprecisão nos seus Dados Pessoais que a empresa trata.

A portabilidade também é um direito bem importante e diz respeito a solicitação que o titular pode fazer para que a empresa que trata os dados dele os forneça em formato estruturado e interoperável visando à sua transferência para um terceiro, desde que essa transferência não viole a propriedade intelectual ou segredo de negócios da empresa.

Além desses, outro direito especialmente relevante e bastante conhecido, é o da eliminação dos dados pessoais tratados com consentimento, situação em que, caso o titular tenha fornecido o consentimento para uma finalidade de tratamento, ele pode requisitar a eliminação dos Dados Pessoais que foram armazenados até então.

No que concerne ao consentimento, há ainda dois direitos que estão atrelados a ele: o da informação sobre a possibilidade e consequência de não consentir e o da revogação do consentimento. Com relação ao primeiro, o titular tem o direito de receber informações claras e completas sobre a possibilidade e as consequências de não fornecer consentimento, quando ele for solicitado por quem trata os dados. Quanto ao segundo, consiste na possibilidade ddo o titular optar por retirar o consentimento dado anteriormente, o que não afetará a legalidade de qualquer Tratamento realizado anteriormente à revogação. Contudo, poderá impossibilitar a empresa ou organização de prestar certos serviços aos titulares.

Existem, ainda, vários outros direitos como a anonimização, bloqueio ou eliminação dos Dados Pessoais desnecessários, excessivos; o de informação sobre o compartilhamento; o de revisão de decisões automatizadas; o de oposição ao tratamento; e o de realizar uma reclamação perante a Autoridade Nacional de Proteção de Dados.

Compreender sobre os direitos é importante porque todos nós somos titulares de dados em diversos contextos do dia a dia, seja quando fazemos o cadastro em uma loja, quando fazemos uma compra pela internet, quando assinamos a um newsletter… e em várias outras situações, por isso, é fundamental sabermos que temos direitos e que podemos exercê-los.

Com uma maior conscientização dos titulares com relação aos direitos que possuem passa a ser fundamental que as empresas que se esforcem ainda mais para estarem em conformidade com a lei e preparadas para atender eventuais solicitações de exercício de direitos dos titulares.

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