Estamos vivendo uma revolução na comunicação. As Gerações Z e Alpha estão reformulando não apenas como consumimos, mas também como nos conectamos com o mundo. Essas gerações exigem mais do que publicidade: querem autenticidade, propósito e impacto. Como disse Philip Kotler, considerado o pai do marketing moderno, “as empresas precisam entender que os consumidores de hoje são mais informados, exigentes e preocupados com o impacto das marcas no mundo.” Para conquistar essas gerações, as marcas precisam urgentemente abraçar uma nova agenda de comunicação.
A Geração Z (nascidos entre 1997 e 2012) é a primeira verdadeiramente nativa digital. Para eles, as redes sociais não são uma ferramenta, mas uma extensão de suas vidas. De acordo com a especialista em gerações, Eliane Brum, “os jovens de hoje têm uma relação íntima com a tecnologia, mas não abrem mão de valores humanos como justiça, diversidade e propósito.”
Já a Geração Alpha (nascidos a partir de 2013) promete ir além: são crianças que cresceram com a inteligência artificial e a realidade aumentada como parte de seu cotidiano. Como afirma Mark McCrindle, pesquisador especializado nessa geração, “os Alpha serão os consumidores mais exigentes da história, moldados pela hiperconexão e pela personalização extrema.”
Ambas as gerações têm em comum o desejo de marcas que reflitam seus valores e se conectem com seus propósitos.
A comunicação tradicional, centrada em consumo de massa e mensagens unilaterais, já não é suficiente. Simon Sinek, autor de Start With Why, aponta: “As pessoas não compram o que você faz, mas por que você faz.” Esse princípio é essencial para entender essas gerações. Elas não querem apenas produtos; elas querem se alinhar a causas e valores que ressoem com suas próprias crenças.
Ignorar essa mudança pode custar caro. Um estudo da McKinsey mostra que 79% da Geração Z preferem marcas que demonstrem comprometimento genuíno com questões sociais e ambientais.
Os Pilares da Nova Comunicação:
1. Autenticidade é o Novo Luxo
Essas gerações possuem um radar apurado para detectar falsidade. Como Brené Brown, autora de A Coragem de Ser Imperfeito, afirma: “Autenticidade não é algo que fazemos, é algo que somos.” Marcas precisam ser verdadeiras, assumir seus erros e mostrar suas vulnerabilidades.
2. Propósito como Diferencial Competitivo
Estudos do instituto Nielsen apontam que 73% da Geração Z estão dispostos a pagar mais por produtos de marcas que têm impacto positivo. Como Seth Godin destaca: “As marcas não podem mais ser neutras. Ou você lidera ou está fora do jogo.”
3. Engajamento Digital é Fundamental
Vídeos curtos no TikTok, memes, podcasts e conteúdos interativos dominam as preferências dessas gerações. Marcas que criam conteúdo criativo e dinâmico ganham espaço. Como destacou Gary Vaynerchuk: “Não há mais barreiras entre as marcas e os consumidores; agora é tudo sobre como você os envolve.”
4. Diversidade e Inclusão Não São Opcionais
Uma pesquisa da Deloitte revelou que 80% da Geração Z prefere consumir marcas que representem diversidade. Como Angela Davis afirmou: “Não estou mais aceitando as coisas que não posso mudar; estou mudando as coisas que não posso aceitar.” As campanhas precisam refletir o mundo real, diverso e inclusivo.
Como Implementar Essa Nova Agenda?
1. Conheça Seu Público
Compreender os valores, interesses e hábitos dessas gerações é essencial. Invista em pesquisas e abra canais de diálogo. Como enfatizou David Ogilvy, um dos maiores publicitários da história: “Se você não entende o consumidor, está projetando no escuro.”
2. Crie Comunidades, Não Consumidores
As Gerações Z e Alpha querem se sentir parte de algo maior. Promova espaços onde possam interagir e se expressar. Como Jonah Berger, autor de Contagious, disse: “As pessoas não compartilham produtos, elas compartilham experiências.”
3. Seja Multicanal e Ágil
Esteja onde seu público está, seja no TikTok, Instagram ou explorando o metaverso. Adapte suas mensagens para cada plataforma.
4. Use Tecnologia com Humanidade
A tecnologia é uma ferramenta poderosa, mas o foco deve ser a conexão humana. Como Howard Schultz, ex-CEO da Starbucks, afirmou: “A tecnologia é um facilitador, mas a experiência humana é o que faz a diferença.”
Conquistar as Gerações Z e Alpha exige mais do que campanhas criativas: exige uma transformação profunda na forma como as marcas veem seu papel no mundo. Essa mudança pode ser desafiadora, mas também é uma oportunidade única para criar conexões reais e duradouras.
Como o futurista Gerd Leonhard destaca: “O futuro não é algo que acontece conosco; é algo que criamos.” Que as marcas sejam criadoras, não espectadoras, desse futuro, construindo um mundo mais autêntico, inclusivo e conectado. Afinal, as novas gerações não estão apenas pedindo por mudanças; elas estão liderando o caminho.
Ps: Todas as frases destacadas servem para você ter clareza de que não sou eu dizendo que o mundo mudou, mas que pessoas brilhantes também enxergaram essa mudança.

Palestrante, comunicador e entusiasta das gerações. Estuda recursos humanos e empreende nas áreas de Comunicação e Marketing. Criou a primeira agência de marketing do Brasil focada em comunicação geracional (Pós Z Company), sediada em Bragança Paulista, onde atualmente só contrata colaboradores da Geração Z e Geração Alpha. Dedica-se a construir um ecossistema de comunicação geracional para preparar jovens para o mercado de trabalho futuro e conscientizar as empresas para receberem esses jovens com sua nova agenda e visão de mundo.
Um tema extremamente impactante, vide que a comunicação tradicional não funciona mais com as gerações Z e Alpha. De fato a marca que adotarem práticas, alinhando-se a causas sociais e digitais, conquistam conexões significativas.
Obrigado pelo seu comentário Lucas, estamos trabalhando para que as empresas e marcas entendam que o mundo mudou e como a comunicação com as novas gerações ditarão “os futuros” dos negócios.