Por Maria Gabriela Tosin

Com o fim da pandemia, todos nós já sabíamos que haveria uma busca por experiências presenciais. A venda de shows aumentou drasticamente e as pessoas estavam sedentas para encontrar as pessoas cara a cara novamente. Tal movimento fez com que as marcas acompanhassem essas novas escolhas, investindo menos no mundo online e mais no mundo offline, principalmente na estratégia chamada naming right.

Naming right é quando em troca de um valor, a empresa passa a ter o direito de colocar seu nome em um local, estabelecimento ou espaço cultural por um determinado prazo. A estratégia já foi usada no Brasil nos anos 1990, quando um famoso espaço cultural em São Paulo ganhou o nome de Credicard Hall devido à compra do naming right do espaço pela empresa de pagamentos Credicard.

Atualmente, o naming right vem ganhando destaque no futebol; o estádio do Morumbi vendeu seus direitos à Mondelez e agora se chama “Morumbis”, em homenagem ao chocolate Bis produzido pela empresa. O estádio do Pacaembu vendeu seus direitos para a gigante Mercado Livre, famoso marketplace, e agora se chama Mercado Livre Arena Pacaembu, o estádio Elias Kalil, em Belo Horizonte, agora se chama Arena MRV, em homenagem à construtora. No total, onze estádios do Brasil já contam com naming right comercializado.

Não podemos negar que a estratégia é uma ótima forma de aumentar a visibilidade e o reconhecimento de marca, mas é importante lembrar que é necessário um trabalho forte de divulgação e branding para que o novo nome do local seja absorvido pelo público, pois a marca corre o risco de investir milhões e não ter retorno de investimento. Também é preciso tomar cuidado para que o mercado brasileiro não abuse desse estratégia, deixando-a saturada, assim como aconteceu com o marketing de escassez.

Maria Gabriela Tosin é graduada em Relações Públicas pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), especialista em Mídias Digitais pela Universidade Positivo e Mestre em Administração pela PUC-PR. É criadora do blog pippoca.com, host do podcast Loop Out Cast, atua como pesquisadora, é autônoma e colaboradora em diversos blogs.

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