No Papo de Sábado de hoje conversamos com a master coach Érica Borgonovi, uma das fundadoras do Instituto Eu Ser

JVN: Erica, conte-nos sobre você, suas origens, e como foi a jornada que a levou a se dedicar ao empreendedorismo e ao desenvolvimento profissional, desde a infância até a expertise em treinamento e-learning para adultos.

Érica Borgonovi: “Nasci em Osasco, cresci na casa que meu pai mesmo construiu, em terreno que meus avós maternos adquiriram quando vieram da Rússia.

Tive uma infância com rotina de escola, rua para brincar e tarefas de casa. Muitas envolvendo crochês e pinturas com minha mãe. Eu gostava de criar produtos e vender. Sempre apreciei as trocas de serviços e as vendas. Comprava blocos de papel de carta e trocava as folhas ou as vendia para levar dinheiro para casa ou comprar algo para mim. Vendia alguns produtos Avon para minha tia em troca de pequena parte das comissões. Depois, foi a vez de vender as bolinhas de golfe que encontrava perdidas em um clube perto de minha casa. Subia o muro, encontrava as bolinhas e as lustrava para valer mais.

Me lembro também de pintar panos de prato que minha mãe fazia os biquinhos de crochê. Os biquinhos eram lindos, mas acredito que vendia os panos para quem queria mesmo ajudar, as pinturas não eram tão bonitas.

Fui melhorando com o tempo, sempre com ajuda da minha mãe, que era muito caprichosa. Avancei para a pintura a óleo e logo aos 13 anos fiz minha primeira exposição para apresentar e comercializar os quadros que pintei, o que foi um sucesso e me deixou muito orgulhosa. Até hoje tenho alguns quadros. Mas o que mais gostei com esta exposição foi da forma organizada, profissional, de comercializar meus feitos. Foi quando decidi abrir uma chocolateria com uma amiga, uma empresa de adolescentes com erros e acertos para nossos aprendizados, mas com muita diversão.

Aos 15 anos cursei datilografia – a onda do momento – e me dediquei a ser contratada para trabalhar no Banco Bradesco, uma vez que morava pertinho da Matriz. Eu ia a pé ao trabalho, considero uma benção este fator, privilegiada por isto.

Como CLT aprendi muito sobre ser retribuída por aquilo que faz, sobre compromisso e sobre reconhecimento. Logo me destacou no ensino dos funcionários e fui chamada para o setor de treinamentos, onde comecei a aprender mais sobre a maior e mais importante ferramenta do mundo: as pessoas. A minha missão de vida que é contribuir com outros seres começava a tomar forma.

Pude participar de muitas inovações neste primeiro emprego – novidade sempre me encantou – mas o pulo do gato na minha carreira foi o e-Learning. Esta forma de ensinar abriu um leque de oportunidades e descobertas para mim. Eu já havia cursado Letras, e estava finalizando uma pós-graduação em Linguística. Busquei por aprender andragogia e comunicação à distância, defendi com excelência a tese “A linguagem do e-Learning” e nunca mais parei de entregar treinamentos direcionados a adultos que queiram conhecer suas competências e desenvolver as habilidades essenciais para o alcance de seus objetivos.

JVN: E o que aconteceu depois? Como se desenvolveu profissionalmente?

Érica Borgonovi: Por volta dos 25 anos senti que precisava de novos ares. Deixei a casa dos meus pais, onde cresci com uma irmã mais velha, a esta altura já casada e com sua família. Conheci a docência no ensino médio e validei que gosto mesmo de trabalhar com adultos, com profissionais e pessoas que buscam evoluir, despertar para seus propósitos. Quando recebi a feliz oportunidade de ser a primeira treinadora de funcionárias na Avon Cosméticos Brasil e segui investindo no desenvolvimento pessoal e profissional. Após alguns anos em treinamentos por todo o território nacional, conhecendo diversas culturas brasileiras, conquistei um desejado setor de vendas no litoral de São Paulo para liderar e treinar uma equipe com mais de 2 mil mulheres. Morar no litoral e conhecer estas mulheres foi um período de grandes realizações para centenas delas e para mim, com alcance de mais de meus objetivos.

Com o casamento e os filhos, minha sensibilidade ficou ainda maior. Assim que meu primeiro filho nasceu eu passei a atuar com o marido na gestão de sua empresa de TI, e atuei diretamente por quase 15 anos. Período de muito aprendizado, especialmente sobre empreendedorismo e negócios familiares.

Em 2016 estudei algo que gosto de fazer e acredito em seus benefícios, a organização profissional, fiz Empretec no Sebrae para aprender empreendedorismo e, em paralelo a cuidar da empresa do meu marido, abri uma empresa em organização focada em pós-luto – tema totalmente relacionado com minha missão de vida voltada à transcendência do ser. Na sequência, em 2017, encantei-me com o mundo do coaching após passar por um processo em grupo para mulheres cristãs.

Descobri que sempre atuei como uma coach deve atuar, com olhar para desejos do outro. Dedicou-me a conhecer mais e me formar nas melhores escolas. Segui toda a formação como Master Coach. Fui franqueada da SBC-Sociedade Brasileira de Coaching até início de 2022 dedicando as entregas ao mundo corporativo.

JVN: Quais as principais lembranças que você guarda da sua infância?

Érica Borgonovi: Desde menina, aprecio as oportunidades que recebi, e, claro, as que fiz acontecer, bem como os desafios. Estes foram muitos, mas prefiro me lembrar dos bons momentos, do carinho dos meus pais, de tudo o que ensinaram para mim direta e indiretamente, seus valores. Lembro de uma infância simples, com poucos recursos, brincadeiras na rua, ir a pé à escola, poucos brinquedos e muitos bolos feitos com minha mãe, que trabalhava fora e dentro de casa. O meu pai dedicado ao trabalho na prefeitura, muito inteligente e criativo. Costumo dizer que foi único homem que conheci que todos gostavam e admiravam. Um ser de luz.

JVN: E quando foi que decidiu se mudar para Atibaia?

Érica Borgonovi: Há alguns anos encontrei um site de frases e decidi escrever uma. Me desafiei! E a primeira frase que escrevi com propósito é: “Você pode ser quem quiser ser e ter o que merece ter, se fizer o que deve ser feito.” (Érica Borgonovi)

Esta frase é retomada por mim frequentemente nos momentos de visualização de tudo o que desejo, em todas as áreas de minha vida. Quando disse que me descobriu coach a vida toda é porque tenho a certeza de que os sonhos me movem. E move a todas as pessoas, se houver a clareza de que a ação é necessária.

Com meu marido e filhos, sou sonhadora e caseira. Gosto de escrever meus desejos e gosto do aconchego de ficar em casa, de preferência com um balde de pipoca. Gosto também da natureza. Agora temos ido pouco, desde que fiquei com medo de aranhas, mas após muitas de nossas idas ao sítio em Joanópolis passávamos por Atibaia e colocávamos lenha no nosso “namoro” com a cidade. Confesso que inicialmente por ser mais próxima no retorno do que a zona oeste de São Paulo onde morei com meu marido e filhos por cerca de 12 anos. Depois que minha mãe faleceu – meu pai infelizmente partiu antes – e a nossa vida passou por reviravoltas, em algumas áreas (aquela velha crença de que parece que tudo acontece junto!). Nós passamos a nos interessar mais por morar em um local mais tranquilo, mais seguro que a capital e com terra, um jardim para cultivar tomates e flores. Foi quando pesquisamos sobre a cidade e nos apaixonamos de vez por Atibaia. Nos mudamos em 2021 e já criou raízes fortes.

JVN: É fácil notar o quanto você é ligada ao marido e aos filhos. Fale um pouco sobre a família que você formou.

Érica, ao lado do marido André Pulia e dos filhos Gabriel e Nícolas (foto: arquivo pessoal)

Érica Borgonovi: Meu filho preferido é o Gabriel e o filho predileto é o Nícolas!

Costumo brincar com este amor igual e dividido. O Gabis, com seu nome de anjo, criatividade aflorada e curiosidade pela vida, me ensinou ser mãe e o Nico, amoroso e aventureiro contribui com a minha evolução diariamente, não apenas como mãe de meninos, mas como ser.

Meu marido é meu parceiro. Quando eu menos espero ele me “sacode” para que eu veja a vida por outro ângulo. O André Pulia é profissional muito dedicado desde jovem e hoje reconhecido em sua área em TI, dentro e fora do país. Assim como a casa em Atibaia, os objetivos profissionais, os sonhos para os filhos, procuramos visualizar nossos desejos juntos e nos desenvolver para as realizações.

JVN: Você se tornou uma profissional que é referência em sua área. Qual sua formação e como você construiu a Érica consultora que as empresas conhecem hoje?

Érica Borgonovi: Sou da época em que no final do terceiro ano tínhamos orgulho em dizer que acabamos os estudos. Fui tarde cursar a faculdade. Escolhi o curso por ser o de custo mais baixo mais próximo do que gostava de fazer. E sou grata por esta escolha, por ter escolhido cursar Letras, pois me forneceu muito conhecimento que uso ainda em sala de aula presencial ou virtual.

Segui a especialidade em Linguística por conta do trabalho com o treinamento à distância, fiquei encantada ao descobrir diversos dialetos por nosso país. Curiosa por encontrar um ponto de equilíbrio para desenvolver cursos que todos os brasileiros pudessem compreender e se identificar.

Depois segui com outras formações, poucas técnicas e muitas provocativas para mudanças importantes em mim, primeiro. Tudo o que experimentei na vida, contribuiu e contribui com milhares de outras pessoas. E, para que eu possa seguir de acordo com o tempo acelerado e necessidades que se transformam continuamente, acredito muito no aprendizado, continuo com meus estudos em aspectos que estão relacionados às pessoas, às competências comportamentais e socioemocionais. Acredito no estudo contínuo e no uso de processos – com começo, meio e fim – para que cada ser se conheça melhor e tome decisões mais assertivas.

Destaco hoje como meu diferencial o fazer escolhas cautelosas das ferramentas e recursos para cada processo que entrego, de acordo com cada ser. Procuro ter um olhar amoroso, imparcial, grato pela permissão de cada cliente que atendo através de entregas de Processos de Coaching, Análises Comportamentais de profissionais e Diagnósticos precisos de seus negócios.

JVN: Você deve ter enfrentado muitos desafios para chegar até aqui. Fale um pouco sobre isso – em algum momento sentiu vontade de mudar totalmente de área?

Érica Borgonovi: Meu negócio é auxiliar o cliente a se conhecer melhor no momento presente, entender qual o seu desejo e a encontrar o caminho até ele, fornecendo ferramentas que os ajudem a fazer dessa transformação algo satisfatório e permanente. Este é o foco! Nem sempre a jornada é fluida, surgem obstáculos no caminho do cliente ou mesmo no meu.

Durante toda minha carreira profissional, me questionei estar vivendo minha missão e passei por desafios que me abalaram para depois me fortalecer. Passei a contar com parceiros e a estruturar programas completos, com base em estratégias comprovadas que podem de fato aumentar a produtividade considerando a qualidade de vida dos meus clientes, o que ratifica meu trabalho.

JVN: E como é seu trabalho hoje?

Érica Borgonovi: Escolho cada passo a partir de minhas próprias experiências, desejos e intuição, e meu propósito é contribuir com o universo. Uma feliz escolha foi a parceria com a Maria Helena Costa e a co-criação do Instituto Eu Ser. Juntas, contribuímos para que as pessoas mudem seus comportamentos, de forma que resulte em novas emoções e realizações: possam performar mais e melhor, ter resultados superiores, cumprir seus objetivos, crescer, ganhar mais e impactar outras pessoas e ainda ter mais qualidade de vida.

É a partir da consciência e do aprendizado que se cresce. Por isso, meus programas contam com todas as ferramentas necessárias de acordo com cada necessidade apresentada, por programas de coaching ou protocolos de biodécodage (em parceria), sempre com comprovação científica. 

Atendo a adultos, a maioria com 30 anos ou mais. A maioria trabalha, se dedica e busca por resultados significativos, a altura de seu empenho. Pessoas que nunca passaram por um processo de desenvolvimento humano e pessoas que já conhecem os benefícios deste movimento e buscam por mais.

Atendo ainda de forma individual ou em grupos, que podem ser abertos ou de acordo com cada resultado esperado. O que mais gosto hoje é trabalhar 1) com profissionais que querem desenvolver competências de liderança, desde a liderança de si, de sua agenda, de seus objetivos, de suas ações de acordo com o que acredita, até a liderança de grandes times e 2) com pessoas que querem uma vida boa, paz de espírito, sentir utilidade, contribuição, aumentar a autovalorização, orgulhar-se de si. E com estas pessoas eu tenho paixão por trabalhar com o apoio de livros. Os resultados são espetaculares.

JVN: Recentemente você recebeu o certificado de Destaque Mulheres Profissionais de Atibaia – concurso realizado pelo Departamento da Mulher da Prefeitura de Atibaia para reconhecer as profissionais que se destacam na cidade. Como foi para você estar entre as três profissionais mais lembradas da cidade?

Érica Borganovi na foto oficial do concurso Destaque Mulher Profissional Atibaia 2024, ao lado de outras premiadas e do prefeito Emil Ono (Foto: divulgação – prefeitura de Atibaia)

Érica Borgonovi: A possibilidade de crer e trabalhar para algo se realizar sempre me encantou. Tanto é que o tsuru é o símbolo do meu trabalho. Assim como neste origami, meu objetivo é oferecer às pessoas uma folha em branco para que elas dobrem como quiserem, como decidirem, e possam ter liberdade para voar – um processo de profunda libertação.

Esta força também se fez presente quando eu soube do concurso de Destaque Mulheres Profissionais de Atibaia. Pensei logo que estou na cidade há pouco tempo, com 90% dos atendimentos de forma virtual, sem um local fixo visível à cidade. Foi uma folha em branco que recebi e dobrei. Amei o resultado que não dependeu de mim, mas sim de todos que escolheram me dar este voto de confiança. Fiquei muito emocionada com este reconhecimento e desejosa em inspirar a outras mulheres a seguirem em frente sempre e alçarem seus voos, mesmo quando o vento parece fraco ou contrário.

JVN: Em sua atuação você também faz um trabalho especial com mulheres – o programa Flores*Ser. O que é esse programa, como funciona e para quem é indicado?

Érica Borgonovi: Falando em outras mulheres, recentemente me “caiu a ficha” que gosto de trabalhar com mulheres. Já tive muitos clientes homens e ainda os tenho, mas sinto forte em meu coração que minha contribuição está com as mulheres. Já atuei com muitas, sempre, sempre. Somente agora tenho a clareza de que sou instrumento afinado para este servir. Sou mulher, sou mãe, sou esposa, filha, empreendedora… sou mulher com todos os meus papéis atribuídos, forças, talentos e desejos que são próprios do feminino.

Já conduzi dezenas de formatos de clubes de leitura, cheguei inclusive a um método eficaz de leitura, mesmo para quem não tem este hábito, para quem nunca leu um livro por prazer. Com o formato do clube de leitura bem estruturado e agora conduzido em parceria com a Maria Helena, parti para desenvolver um curso para ensinar a ler um livro por mês. Para que mais e mais pessoas possam se descobrir leitoras. Então que ao buscar por depoimentos de transformações com o uso do método de leitura, percebi que a maioria das pessoas que leram comigo é mulher.

Senti forte em seguir com estes atendimentos direcionados às mulheres e em conversas e reuniões com a Maria Helena, desenvolvemos o programa Flores*SER com treinamentos, mentorias, sessões com coaching e biodécodage e clube de leitura específico para mulheres, até mesmo acima de 50 anos.

JVN: Como você vê a questão do desenvolvimento de pessoas dentro das empresas hoje em dia? Você acha que as organizações estão investindo o suficiente, ou ainda falta mais conhecimento sobre os benefícios que esse trabalho pode representar para as próprias empresas?

Érica Borgonovi: Sempre fui da área de treinamentos. Em grandes empresas como funcionária. Em médias, pequenas e micros como contratada. E minha visão é que o treinamento técnico prevalece, principalmente para inícios: contratação, promoção, novo cliente, novo produto, atualizações etc. Os gestores sabem – ainda na minha visão – que o emocional é o que irá garantir a continuidade, mas o investimento neste desenvolvimento não é concreto. Além de não ser simples medir é preciso que o funcionário queira.

Acredito que o desenvolvimento de competências deve seguir de cima para base. Os decisores iniciam as mudanças com objetivos muito bem definidos e suas equipes acompanham. Começar pela base e, principalmente, sem clareza, não costuma funcionar bem.

Já entreguei programas de coaching e treinamento contratados por gestores para funcionários que não sabiam do que se tratava. E, como esperado, o resultado ficou aquém do merecimento daquele investimento. Em ocasião seguinte, muito similar, investi em tempo dedicado para alinhar os participantes com relação às expectativas e resultados esperados, colocar todos na “mesma página” e no ponto do desejo. Hoje procuro oferecer Oficinas introdutórias nos temas escolhidos, como competências de liderança, controle emocional, plano estratégico, comunicação etc. ou ofereço participação em programa de desenvolvimento que oferece a base para o coaching com foco nos valores e visão da empresa, de forma leve e agradável com apoio de um livro de leitura. Os resultados são grandiosos e os gestores percebem os benefícios do desenvolvimento de suas equipes na prática.

JVN: Em sua opinião, quem investe mais no desenvolvimento de pessoas – as empresas grandes ou as pequenas? Por que?

Érica Borgonovi: Para responder não quero trazer estatísticas, mas sim as minhas experiências que são variadas, em pequenas e em grandes empresas, na capital e em cidades de interior, empresas de produtos, fábricas, área da saúde, escritórios de advocacia, área da beleza, educação, comércio e outras. Todos querem mão de obra capacitada a pleno vapor. Todos sabem que competências são adquiridas, aprendidas, treinadas.

No dia a dia alguns fatores contribuem e atrasam as contratações de treinadores, coaches, consultores e mentores. Vejo que as obrigações e verbas previamente destinadas, em empresas com um profissional em RH, dedicado a esta tarefa, fazem com que o desenvolvimento de todos siga de forma saudável. Estes profissionais que olham para resultados buscam entregar as capacitações. Nem sempre são as melhores escolhas, ao meu ver, quanto maior a empresa, menos contato cada participante terá com as decisões. Recebem pronto.

Já nas pequenas empresas sem uma área de RH, sequer um profissional dedicado a olhar para cada ser, o capital intelectual fica isolado em poucos. O tempo para desenvolver competências socioemocionais parece que não existe. Muitas vezes a empresa que era micro cresce e seus problemas acompanham. Há baixa retenção de pessoas, insatisfação com ambiente, comunicação ineficaz, resultados abaixo dos esperados e ainda não há tempo para estas paradas para “amolar o machado”.

Falta mesmo os decisores conhecerem de perto os benefícios de um bom processo de coaching (ou mentoria ou o que for que eles precisem).

JVN: Como (ou por onde) empresas que nunca fizeram um trabalho mais sistemático nesse sentido podem começar; e porque elas deveriam fazer isso?

Érica Borgonovi: Todo tratamento deve ser iniciado a partir de um diagnóstico. Se não houver o que tratar, com certeza haverá o que pode ser melhorado ou prevenido.

Uma análise bem-feita levará a um programa ajustado para aquele profissional e/ou aquela empresa. E os resultados serão vistos desde o início. Quem nunca passou por um programa de desenvolvimento humano, deveria encontrar um momento agora mesmo para viver sua própria experiência e decidir a respeito.

JVN: Para encerrar, gostaríamos de saber de outro projeto que você criou e conduz, que são os clubes de leitura. Como ele nasceu e para quem ele vive?

Érica Borgonovi: Encontrei nos clubes de leitura uma forma muito agradável de trabalhar o desenvolvimento em todas as áreas da vida. Em todas mesmo! A partir da escolha do livro e de cada ferramenta que compõe o programa, o participante é conduzido ao autorreconhecimento de suas forças, de seus talentos, de suas virtudes, de suas conquistas. Ainda passa a se questionar quanto ao que precisa ser melhorado para que viva como deseja viver. Desenvolve sua autovalorização e traça planos para alcançar seus objetivos. Tudo isto utilizando a leitura de livros que ainda levam bem-estar, novas amizades, amplia o conhecimento de mundo, perspectiva e, o mais importante, leva a ações assertivas.

Os participantes das leituras que conduzo – hoje a maioria em parceria com a Maria Helena – transformam comportamentos e passam a viver os resultados que desejam. Isto porque há um método para guiar e há o nosso olhar a cada participante. Esta é uma escolha sem erro para quem quiser conhecer meu trabalho e ainda desenvolver o hábito da leitura para se desenvolver e viver com mais prazer.

*Érica Borgonovi: é formada em Letras e pós-graduada em Linguística. Organizadora pessoal e curiosa em diversas áreas, Érica é certificada Coach em algumas instituições, com destaque à metodologia recebida por meio da Sociedade Brasileira de Coaching. / Site Eu Ser: https://euser.com.br/ / Instagram: @ericaborgonovicoach

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