Somos seres sociais. Segundo Aristóteles, isso se dá porque é de nossa natureza viver em sociedade e, ao buscar a felicidade, nós só a encontramos na convivência humana. Isso quer dizer que nós precisamos estar com outras pessoas para conversar, dar risada, ir ao cinema e… trabalhar.

Sim, também no trabalho, nos negócios, precisamos de interação para que o que quer que estejamos fazendo tenha propósito. Fazemos algo para e com pessoas. Pode reparar: as palavrinhas que mais se ouve nos corredores corporativos são “relacionamento”, “conexão”, network.

Entre todas as ferramentas e técnicas de comunicação, talvez uma das mais efetivas para estreitar essas conexões sejam os eventos. Eles promovem o encontro e a oportunidade de gerar um impacto que nenhuma peça publicitária por si só conseguiria causar. ‘Experiência’ – outra palavrinha bem recorrente nos planos de relacionamento com o consumidor.

Mas atenção! Fazer um evento não é o mesmo que dar uma festa. Me lembro das aulas no curso de Relações Públicas na faculdade – de uma, especificamente, em que eu estava assistindo a uma palestra de uma diretora de Relacionamento Institucional de uma grande empresa e ela mandou essa frase: “Numa festa, você sabe como ela vai começar mas nunca sabe como vai terminar. Num evento não: você planeja literalmente tudo o que vai acontecer do início ao fim, e se algo sair do planejado, você tem que agir.”

É isso. Eventos empresariais são uma ótima estratégia de comunicação e formação de imagem, e também oportunidades incríveis de estabelecer conexões valiosas. Mas não é para amadores. Tão importante quanto saber planejar e executar um evento, é também saber aproveitar as oportunidades geradas quando se vai a um evento.

E hoje eu gostaria de falar sobre isso. Você tem sabido aproveitar as ótimas oportunidades de relacionamento e conexão qualificadas com os eventos que acontecem na sua cidade, ou nas cidades próximas a você? Acompanha o calendário de feiras, exposições, lançamentos? Verifica quais desses eventos seu público-alvo costuma frequentar? Porque, veja bem, se você da área de alimentos, por exemplo, não precisa frequentar apenas eventos ligados à alimentação. Quem se alimenta bem também costuma gostar de temas ligados a bem estar – e de repente você encontra seu público em eventos de atividade física.

Há ainda os eventos de temas ligados à gestão e inovação que são pertinentes a qualquer segmento. E esses, em minha singela opinião, são os mais ricos em oportunidades de diversificar os contatos, observar como pessoas de setores completamente diferentes pensam, agem, se relacionam, prospectam. E como a minha argumentação (o famoso “pitch”) impacta pessoas de fora do meu círculo de conforto. Porque é fácil falar sempre com as mesmas pessoas, que eu já sei como funcionam. Mas é da relação com pessoas diferentes que vem a verdadeira inspiração para inovar. Sem contar, é claro, com o conhecimento. Eu tive uma professora no ginásio que costumava dizer que “saber não ocupa espaço”. E se você gosta de frases feitas, tem essa também: “quem não é visto não é lembrado”.

Assim, minhas caras empreendedoras e meus caros empreendedores: arrisquem-se, relacionem-se, frequentem mais os eventos. E, estando lá, descruze os braços, converse, pergunte sem vergonha de errar, exercite o seu pitch mesmo que não saia tão bom nas primeiras vezes (acredite: vai precisar de muitas, muitas vezes para que ele fique realmente bom). E sim: assista às palestras. As boas palestras, as que te tragam novidades – que também para assistir ao que apenas te confirma o que já sabia não adianta muito. Vá ouvir sobre inovação, sobre criatividade, sobre finanças, sobre governança, sobre tecnologia – mesmo que seu negócio seja pequeno, e mesmo que você não seja o técnico responsável por essas áreas. Até porque, só lembrando, você é o responsável pelo técnico responsável por essas áreas. Bons eventos!

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