WhatsApp se consolida como principal canal de vendas e atendimento para 95% das empresas brasileiras

O modelo de trabalho remoto, adotado por cerca de 38% dos trabalhadores brasileiros, tem transformado não apenas a rotina profissional, mas também os hábitos de consumo. A pausa para o café ou o intervalo entre reuniões online virou oportunidade para navegar por e-commerces, comparar preços e finalizar compras — tudo sem sair de casa.

Consumo em ritmo de home office

Segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o e-commerce brasileiro movimentou R$ 204,3 bilhões em 2024, com crescimento de 10,5% em relação ao ano anterior. O total de pedidos chegou a 414,9 milhões, com um ticket médio de R$ 492,40. O número de compradores online também cresceu e atingiu 91,3 milhões.

“Os intervalos do trabalho são aproveitados para resolver pendências de compra. A conveniência é o que move esse novo tipo de consumo”, afirma Alberto Filho, CEO da Poli Digital.

WhatsApp vira balcão, vitrine e caixa

De acordo com o Opinion Box, 79% dos brasileiros já utilizam o WhatsApp para se comunicar com empresas. A ABComm confirma que 93% das empresas brasileiras usam a plataforma como canal de vendas e atendimento ao cliente.

“Mais do que marcar presença, é preciso caprichar. Atendimento rápido, simpático e direto ao ponto. Mesmo com um bot, o cliente quer se sentir acolhido — ninguém merece ser tratado como número”, ressalta Alberto Filho.

A vitrine agora é digital

Com o avanço do consumo digital, estratégias de marketing também mudaram. No Instagram e em outras redes sociais, a vitrine deixou de ser física e passou a ser composta por fotos, vídeos e descrições de produtos.

“Divulgar promoções nos horários certos, como na pausa para o café ou no fim do expediente, pode fazer toda a diferença”, destaca o especialista.

Relacionamento pós-venda fideliza

Para manter o cliente, o atendimento não termina na compra. “O pós-venda faz parte da jornada. Perguntar se o produto chegou bem, oferecer cupons, manter o relacionamento… tudo isso fideliza e cria vínculo”, pontua o CEO da Poli Digital.

Com a mistura entre casa e trabalho, o consumo se adaptou à nova rotina dos brasileiros. “Hoje, o carrinho de compras virou parte do dia a dia, como o cafezinho da manhã. E quem entende essa lógica — mais imediata, mais conectada e mais caseira — vende. Mesmo que o cliente esteja em casa, de pantufa”, conclui.

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