Segundo CEO do Mission Brasil, flexibilidade, autonomia e modelos profissionais menos convencionais estão entre as prioridades dos jovens trabalhadores; segmento deve movimentar globalmente US$ 1,1 bilhão até 2032
Por ser oriunda de uma realidade voltada para a transformação digital, a Geração Z está mudando o status quo do mercado de trabalho. Nascidos entre 1997 e 2012, os profissionais desta faixa etária trouxeram um novo olhar para a rotina corporativa, priorizando práticas de bem-estar e ambientes mais modernos e envolventes.
De acordo com Thales Zanussi, fundador e CEO do Mission Brasil, empresa brasileira de digital outsourcing e staff on demand, a capacidade das empresas em se adaptarem a essas demandas é essencial. “Ao entender e atender às expectativas dos jovens trabalhadores, as companhias garantem a formação de equipes mais produtivas, inovadoras e, acima de tudo, felizes”, diz.
Dinâmicas flexíveis e autonomia dos times
Segundo a pesquisa “Global Talent Trends 2023”, 7 em cada 10 pessoas da Geração Z enxergam o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional como um fator relevante para uma carreira bem-sucedida. Por essa razão, muitas empresas e departamentos de RH estão promovendo iniciativas para contribuir com as equipes fora do ambiente de trabalho, como as modalidades de atuação híbridas ou remotas.
“A Geração Z é nativa digital, o que significa que a tecnologia faz parte de suas vidas desde sempre”, ressalta Zanussi. “Dessa forma, eles buscam por organizações que não apenas estejam na vanguarda da inovação, mas também utilizem as ferramentas digitais para automatizar processos mecânicos e otimizar as atividades diárias”, completa
Por conta dessa preferência pela flexibilidade, a autonomia é outra característica valorizada por esses trabalhadores. “Demonstrar confiança nos colaboradores e os enxergar como parceiros, gera um senso de pertencimento e aumenta o engajamento desses jovens profissionais”, complementa o especialista.
Modelos de trabalho menos tradicionais
Outro movimento característico da Geração Z é a procura por modelos de trabalho menos convencionais. O próprio trabalho sob demanda é um exemplo disso, visto que envolve contratações para projetos específicos por um certo período de tempo. Geralmente, as opções de missões disponibilizadas nas plataformas especializadas da categoria podem ser tanto presenciais quanto híbridas/remotas, colocando o usuário em contato com as marcas sem o comprometimento de tempo e local.
De acordo com a Future Market Insights, o segmento deve movimentar globalmente US$ 1,1 bilhão até 2032. Para Zanussi, números como esse reforçam que os trabalhadores jovens buscam construir carreiras multifacetadas e caminhos alternativos para prosperarem no mercado de trabalho.
“O staff on demand é um exemplo de como a tecnologia pode transformar a forma como trabalhamos, prezando por experiências significativas e desafiadoras”, pontua. “Modelos de trabalho como esse permitem tanto que os profissionais escolham os projetos que mais se encaixam em seus objetivos, quanto garante às empresas o acesso a um pool de talentos diversificado e especializado. Ou seja, os interesses de ambos os lados são levados em consideração”, conclui.