Com 54% dos brasileiros planejando trocar de trabalho em 2025, especialista aponta cinco atitudes essenciais para uma transição bem-sucedida
A busca por novos desafios profissionais deve marcar o próximo ano. Segundo o Índice de Confiança Robert Half (ICRH), 54% dos brasileiros planejam mudar de emprego em 2025. O levantamento, realizado em novembro de 2024 com mais de mil profissionais com ensino superior completo, revela um cenário de alta mobilidade e reforça a importância de se preparar para um novo ambiente de trabalho.
As competências mais valorizadas nesse momento incluem versatilidade, adaptabilidade e agilidade — características consideradas fundamentais em períodos de mudança. Para o especialista em carreira e sócio da EXEC, Rodrigo Forte, a forma como o profissional se integra à nova empresa pode determinar o sucesso ou o fracasso da transição.
Ele lista cinco atitudes-chave para facilitar o processo de integração e garantir uma adaptação mais eficiente:
- Conheça profundamente a nova empresa – Entenda o negócio, a estrutura organizacional, as políticas internas e, principalmente, a cultura corporativa. Ajustar comportamentos e alinhar-se ao estilo da companhia é essencial para criar sinergia com a equipe e a liderança.
- Domine sua função – Alinhe expectativas com o gestor desde o início, estabelecendo metas claras e realistas. Caso ainda não tenha todas as competências exigidas, elabore um plano de desenvolvimento com apoio do RH e da liderança direta.
- Construa relacionamentos e alianças – Resultados sustentáveis exigem colaboração. Identifique os principais stakeholders internos e externos e desenvolva uma rede de apoio que favoreça o desempenho coletivo e o aprendizado mútuo.
- Avalie e negocie recursos – Identifique quais recursos humanos, tecnológicos e financeiros estão disponíveis e quais são indispensáveis para alcançar os resultados esperados. Saber equilibrar restrições e buscar alternativas é parte essencial da gestão eficiente.
- Mostre resultados nos primeiros 90 dias – Apresentar conquistas de curto prazo (“quick wins”) demonstra comprometimento e reforça a credibilidade do novo profissional dentro da empresa.
De acordo com Forte, o processo completo de integração costuma levar cerca de seis meses. “Trabalhando bem esses pontos, a adaptação tende a acontecer de forma natural e produtiva. Ter um mentor interno, além do gestor direto, pode acelerar esse processo e oferecer uma visão mais ampla sobre a cultura e os desafios da empresa”, orienta o especialista.

