Observando os números de julho do último Novo CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) é possível identificar que o emprego celetista no Brasil apresentou crescimento em julho de 2022, registrando saldo positivo de 218.902 postos de trabalho.

Por si só, esses números são música para os ouvidos de muitos profissionais que acompanharam o período sombrio da pandemia, no qual só ouvíamos falar em demissões e um mercado estagnado.

As cinco grandes áreas que mais abriram postos de trabalhos formais em julho: Serviços, com +81.873, seguido da Indústria, com +50.503 postos de trabalho, Comércio, com +38.574, Construção (+32.082 postos) e Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura +15.870 postos de trabalho. Não dá para negar que são boas notícias e muitos profissionais já devem ficar animados para voltar à ativa.

Mas, apesar dos números positivos e das inúmeras possibilidades de recolocação, o mercado de recrutamento e seleção tem tido dificuldades para fechar as posições em aberto, isso acontece pela baixa qualificação dos candidatos.  Isso significa que posições de trabalho real, com carteira assinada, estão ficando em aberto por vários meses pela dificuldade em encontrar profissionais qualificados ou com conhecimentos atualizados para a função.

Recrutadores das mais variadas áreas de negócio já sinalizam que é hora de apostar no conhecimento e no desenvolvimento pessoal. É inadmissível que hoje, profissionais que estão em busca de uma melhor posição profissional ou recolocação, ainda estejam “acomodados” aguardando as empresas investirem em suas carreiras.

Em uma realidade, na qual o temos mais de 91 milhões de smartfones no Brasil, muitos profissionais não utilizam a ferramenta para buscar informação e atualização. Na Era do EAD, dos cursos gratuitos, da troca de informação em redes sociais, não há como justificar essa porta fechada à qualificação, enquanto muitos passam horas nas redes sociais em busca de status social ou acompanhamento da vida alheia sem acrescentar nada em suas vidas.

O conceito de carreira tem mudado muito nos últimos anos e já há mais de uma década entendemos que a carreira é propriedade do indivíduo, não mais da companhia que limitada nossas ações. Nunca vimos tanta necessidade de protagonismo nas carreiras como estamos vendo agora, ao mesmo tempo, os conflitos de gerações nas companhias tem levantado questionamentos sérios sobre a falta de investimento pessoal e autodesenvolvimento dos candidatos.

O que fazer?

Utilizar as ferramentas tecnológicas, seu círculo de amizades, seus contatos profissionais para acelerar o seu desenvolvimento pessoal é algo que trás resultado e pode ser os primeiros passos em busca atualização e qualificação. Não só de graduação o mercado precisa, mas de conhecimento específico e técnico do trabalho, de vivência, de “cancha”, malícia, know how, prática e pessoas engajadas no autodesenvolvimento.

Esse tema tem sido recorrente nos meios de RH e no mercado, pois com a nova realidade de aceleração digital e do papel do profissional como parte da transformação e troca de conhecimento com as companhias, os profissionais que tiveram aquele “algo a mais” terão mais oportunidades e valorização em suas carreiras. O que você tem feito para incrementar sua qualificação profissional?

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