Caras leitoras, caros leitores.

Neste artigo, eu gostaria de convidar você a passear comigo pelo universo da governança corporativa, do compliance e de como esses elementos se tornaram essenciais para a competitividade e sobrevivência das empresas em um mercado cada vez mais exigente e regulado.

As questões de governança e compliance vêm ganhando destaque significativo nas dinâmicas das concorrências empresariais, afetando não apenas as grandes corporações, mas também as médias e pequenas empresas. Ao participar de concorrências por grandes contas, empresas de médio porte são confrontadas com exigências éticas e de concorrência leal que transcendem o âmbito puramente comercial.

A exigência que cada vez mais as grandes empresas têm feito aos seus fornecedores de que estes – independente do porte ou segmento – comprovem que atuam de forma ética e responsável, por exemplo: com estrita  obediência às leis vigentes, como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e as leis ambientais; que não pratique ou compactue com quaisquer tipos de corrupção, discriminação ou exclusão, que demonstre seu comprometimento com a não utilização de mão infantil etc… Tudo isso não são mais diferenciais, mas sim requisitos básicos para continuar em atividade e atrair grandes clientes.

E não são apenas as grandes que precisam se atentar para essas práticas – pois uma vez dentro da cadeia de fornecimento de produtos e serviços, ou seja, o micro que fornece para o pequeno, que fornece para o médio, que fornece para o grande, a exigência começa lá no topo e chega na base da cadeia toda. E com isso pode-se perder excelentes oportunidades só porque o gestor do pequeno fornecedor achava que ele atender ao médio com seu “jeitinho de sempre” bastava, e que tudo o mais é bobagem, não o atinge. Mas esse médio é exigido pelo grande, então, vai exigir do pequeno também, e para não perder o seu contrato para cima, prefere cortar o contrato que tinha para baixo, ou seja, com o pequeno que não quis se adequar.

Diante desse cenário, dá para se ter uma ideia do quanto tem se tornado crucial que empresários e empreendedores estejam preparados e adequados às práticas de compliance, governança e ESG para participar de concorrências e conquistar clientes mais exigentes e adequado aos novos tempos em termos de sustentabilidade.

Além disso, a adoção de boas práticas no dia a dia empresarial, como transparência, responsabilidade social e ambiental, contribui não apenas para a competitividade, mas também para a construção de uma reputação sólida e confiável no mercado.

Então, não se desespere. Vamos falar de caminhos!

De saída, é fundamental estar atento às demandas do mercado e às exigências éticas e legais, garantindo assim a competitividade e relevância do negócio no cenário empresarial atual. Para ajudar nessa tarefa, a seguir eu elenco algumas dicas para você começar a adequar sua empresa às boas práticas de compliance, integridade e ESG:

  1. Elabore um manual com um código (normas) de conduta e ética (e envolva a todos nesse processo).
    • Estabeleça diretrizes claras sobre ética, transparência e conduta que a empresa acredita.
    • Comunique e treine todos os colaboradores sobre esse código, garantindo o entendimento e a adesão às práticas éticas da empresa.
  2. Implemente Políticas de Segurança de Dados:
    • Cumpra as exigências da LGPD e outras leis de proteção de dados aplicáveis da melhor maneira que conseguir. O que importa não é a tecnologia que você vai usar – mas sim o cuidado verdadeiro que terá com os dados das pessoas que estão sob sua responsabilidade. É sua missão proteger esses dados.
  3. Promova a Responsabilidade Ambiental:
    • Adote medidas para reduzir o impacto ambiental das operações da empresa, como economia de recursos naturais e gestão adequada de resíduos. Reutilizar água e reciclar o lixo é um bom começo.
  4. Garantir a Conformidade Legal:
    • Esteja atualizado com as regulamentações e leis aplicáveis ao seu setor e região. Estar bem informado é um ótimo caminho para reduzir riscos.
    • Mantenha registros e documentos em conformidade com os requisitos legais, como contratos, licenças e registros fiscais. Organização, organização, organização.
  5. Fomentar uma Cultura de Integridade e Denúncia:
    • Incentive uma cultura organizacional que valorize a integridade, honestidade e ética em todos os níveis. Promova debates e bate-papos com suas equipes.
    • Estabeleça canais de denúncia seguros e confidenciais para relatar violações éticas ou comportamentos inadequados, garantindo uma resposta adequada e imparcial. Nada de censurar ou castigar quem denuncia.
    • Apure as denúncias, aja de forma justa e mantenha uma comunicação clara e eficiente de todo esse processo. Lembrando: as pessoas na empresa precisam se sentir seguras e confortáveis para denunciar práticas inadequadas.

Considere com carinho essas dicas, pois elas são fundamentais para empresas que desejam fortalecer sua reputação, reduzindo riscos legais e operacionais, No mínimo, elas contribuem para um ambiente de negócios mais sustentável e ético.

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