Nas dinâmicas complexas do ambiente corporativo, uma das principais razões pelas quais os funcionários pedem demissão é a má gestão por parte de seus superiores. gestores despreparados não apenas afetam o bem-estar dos colaboradores, mas também impactam diretamente a produtividade e a retenção de talentos nas empresas em todo o mundo. De acordo com diversas pesquisas e estudos, este fenômeno tem repercussões significativas que merecem atenção tanto das lideranças empresariais quanto das áreas de Recursos Humanos.

Pesquisas recentes realizadas em empresas do mundo todo mostram que a má gestão é uma das principais razões pelas quais os funcionários deixam seus empregos. Segundo uma pesquisa da Gallup, cerca de 75% dos funcionários que pedem demissão o fazem por causa de seus chefes diretos. Esse número é alarmante e demonstra a magnitude do problema em todo o mundo corporativo.

Além disso, a rotatividade de funcionários devido à má gestão representa um custo substancial para as empresas. Segundo o Work Institute, substituir um funcionário pode custar até 33% do seu salário anual. Essa cifra não inclui o custo intangível associado à perda de conhecimento e experiência acumulados pelo funcionário ao longo do tempo e ainda, ao impacto que isso tem diretamente no clima e na cultura da companhia.

Para que se tenha uma ideia, as empresas enfrentam uma série de desafios decorrentes da má gestão e da alta rotatividade de funcionários que incluem:

  1. Perda de Produtividade: Funcionários desmotivados e insatisfeitos têm um desempenho inferior, o que pode prejudicar a produtividade geral da empresa e contaminar os colegas de trabalho.
  2. Custos Financeiros Elevados: A substituição de funcionários perdidos representa um custo significativo para as empresas, não apenas em termos de recrutamento e treinamento, mas também devido à interrupção das operações comerciais e administrativas.
  3. Reputação da Empresa: Uma alta rotatividade de funcionários pode prejudicar a reputação da empresa e afetar sua capacidade de atrair talentos qualificados no futuro, atualmente através das redes sociais como o LinkedIn facilmente conseguimos ver a  rotatividade de troca de colaboradores de uma empresa. Isso fala muito sobre a retenção, tratativa e os possíveis problemas internos que ela tem.

Um aspecto crucial a ser considerado é que muitas vezes as próprias empresas contribuem para essa situação ao promover profissionais despreparados para cargos de liderança. A promoção baseada apenas em habilidades técnicas, sem considerar as habilidades interpessoais e de gestão, pode resultar em chefes que não estão capacitados para liderar equipes de forma eficaz. Além disso economias no orçamento e displicência quando o assunto é salário também impactam nestes resultados. Evidentemente um profissional de mercado é mais caro que os 7% a 12% que as empresas prometem para os colaboradores promovidos, é a famosa economia “porca”.

Neste sentido, para lidar com esse problema, é fundamental que o Departamento de Recursos Humanos (RH) esteja integrado à estratégia da empresa e alinhado com os pilares culturais da organização. RHs despreparados, ou aqueles que não estão alinhados com os objetivos estratégicos da empresa, podem contribuir para a deficiência na gestão de pessoas por não terem voz ativa dentro da corporação. RHs alheios às estratégias das companhias, em geral, são menos ouvidos e considerados.

Já por outro lado, o RH estratégico desempenha um papel crucial na identificação e desenvolvimento de líderes capacitados, na implementação de programas de treinamento e desenvolvimento de habilidades de gestão e na criação de uma cultura organizacional que valorize a liderança eficaz e o desenvolvimento contínuo dos funcionários.

Em suma, as empresas enfrentam desafios significativos devido à má gestão e à alta rotatividade de funcionários. Para abordar esse problema de maneira eficaz, é essencial que o RH seja integrado à estratégia da empresa e trabalhe em estreita colaboração com as lideranças para garantir que os líderes sejam devidamente preparados e alinhados com a cultura organizacional. Somente assim as empresas podem garantir um ambiente de trabalho saudável e produtivo para seus funcionários e, consequentemente, alcançar o sucesso a longo prazo.

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