Copiloto essencial, mas não um substituto humano
A inteligência artificial (IA) está cada vez mais presente em diversos setores, e o branding não é exceção. No entanto, é importante destacar que a IA não substitui o profissional criativo, mas atua como um copiloto essencial, otimizando processos e complementando a expertise humana.
Para explicar melhor pedimos a ajuda do especialista em marcas Eros Gomes que diz, “diferente do que muitos pensam, a IA não é criada para produzir automaticamente, mas sim para auxiliar no raciocínio lógico e na análise de dados. Ela é uma ferramenta poderosa que estimula o pensamento estratégico e a tomada de decisões assertivas“.
Embora a IA tenha certa capacidade criativa, ela não possui uma imaginação que é inerente ao ser humano. A imaginação, a capacidade de criar algo novo e original, é um atributo que esta tecnologia ainda não conseguiu alcançar, pois a base de seu funcionamento é uma mescla de dados disponíveis procurando padrões o que limita sua capacidade de inovação disruptiva.
“Um elemento fundamental na construção de uma marca autêntica e na conexão com o público é a emoção. No entanto, a IA, por não possuir sentimentos, não consegue replicar essa conexão emocional de forma natural. Nesse sentido, o profissional de branding, com sua inteligência emocional, desempenha um papel essencial ao traduzir os valores da marca em uma linguagem que ressoe com o público-alvo“, Eros Gomes.
O especialista também comenta como a IA se destaca como uma ferramenta estratégica valiosa para o branding. Pois através da análise de dados e do aprendizado de máquina, ela auxilia na identificação de tendências de mercado, no desenvolvimento de personas, na criação de campanhas personalizadas e na otimização de canais de comunicação.
É fundamental lembrar que a visão estratégica, a criatividade e a inteligência emocional do profissional humano são insubstituíveis. A IA deve ser utilizada como um copiloto essencial, complementando a expertise humana para a criação de marcas autênticas, memoráveis e que se conectem genuinamente com o público.
Para muitos, a IA é vista como um facilitador do trabalho criativo e imaginativo do ser humano. A sinergia entre homem e máquina permite uma maior eficiência na criação. No entanto, é importante não confiar cegamente na IA. Nossa inspiração, instinto e emoções nos tornam únicos e diferentes das máquinas.
Assim como a invenção do carro, a IA também passará por um processo de equiparação. No início, havia uma distância entre aqueles que tinham acesso à tecnologia e aqueles que não tinham. Com o tempo, essa distância diminuiu e todos passaram a andar na mesma velocidade. No entanto, em questões de mobilidade, estar em um grande centro com muitos carros não é necessariamente vantajoso.
Da mesma forma, a saturação de ferramentas de IA pode levar a um congestionamento de informações, dificultando ainda mais o trabalho do ser humano em depurar dados. É possível que, no futuro, a IA seja regulamentada e até mesmo racionada. Assim como o carro, a IA é uma ferramenta poderosa, mas que deve ser tratada de forma adequada.
Portanto, acredita-se que o ser humano continuará sendo o grande motor inventivo na história, impulsionado pela força da IA. A sinergia entre homem e máquina é essencial para garantir um futuro criativo e inovador.