Já falamos nessa coluna sobre como as Relações Públicas contribuem atuam Em vigor desde setembro de 2020, parece que só mais recentemente a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) finalmente começou a entrar nas pautas diárias das empresa e a virar tema recorrente nas redes. Claro que o fato de passaram a valer as sansões (multas) da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) e mesmo antes, com as autuações do Procon e sentenças judiciais por dano moral ou ações trabalhistas com base na LGPD. Teve até o lançamento de um ‘Oscar’ de Melhor Reclamação de Consumo Relacionada à LGPD, promovido por ninguém menos que o portal Reclame Aqui. O fato é que consumidores, colaboradores e pessoas físicas em geral estão tomando cada vez mais consciência dos direitos criados pela nova lei para garantir-lhes o controle sobre os seus dados pessoais, e isso tem feito o número de denúncias crescer, aumentando a pressão sobre as empresas. Por outro lado, grandes empresas – já adequadas à lei -, passam a ser mais rigorosas com seus fornecedores e parceiros em relação a também estarem adequados, a fim de reduzir riscos na operação final e, assim, é natural que uma corrente em cascata se forme, pressionando todo o mercado a se adequar, mais cedo ou mais tarde. Seja pelos prejuízos financeiros, seja pelo impacto em sua reputação e marca.

Mas será que o caminho para a adequação se faz ‘apenas’ com leis, processos burocráticos e tecnologia? Tenho convicção que não. De nada adiantam rigorosas normas internas e softwares de última geração se o ponto vital de toda essa questão não for devidamente tratado: as pessoas. Sim, são as pessoas que tratam os dados, são as pessoas que seguem ou não as normas. E são elas que podem colocar todos os esforços da empresa a perder se não estiverem preparadas e engajadas na causa. Se dentro da empresa não houver uma compreensão clara dos porquês dessa lei existir, das implicações tanto para a empresa quanto para a sociedade em geral e, portanto, para cada pessoa envolvida, não haverá mudança real. Somente com uma cultura forte de conscientização dentro das empresas é que começaremos de fato a alcançar os resultados esperados, de maior responsabilidade e segurança no tratamento de dados pessoais.

E como se faz isso? Com muita comunicação, com diálogo, utilizando a linguagem e os meios corretos, com treinamentos adequados e periódicos. Só assim, trazendo todos para “a mesma página”, será possível transportar a LGPD da teoria para a prática, para o dia a dia, para uma mudança social real. Vamos falar sobre isso?

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