Empresas que investem em inovação e cultura organizacional têm até 23% mais produtividade, segundo estudo
O setor de Recursos Humanos passou por uma transformação nos últimos anos e assumiu um papel estratégico nas organizações. Antes voltado a tarefas operacionais como folha de pagamento e contratações, o RH agora está no centro das decisões que impactam engajamento, produtividade e retenção de talentos.
“O futuro da gestão de pessoas passa por inovação, engajamento e estratégias que coloquem os colaboradores no centro das decisões”, afirma Carla Martins, vice-presidente do hub de soluções corporativas Serac.
Estudo da consultoria McKinsey mostra que empresas que adotam práticas modernas de gestão de pessoas registram aumento de 23% na produtividade e 21% na lucratividade. Entre as ferramentas mais utilizadas está o People Analytics, que analisa dados para identificar padrões de comportamento, prever necessidades e orientar ações mais eficazes.
Um relatório da Deloitte aponta que 69% dos gestores já veem o People Analytics como essencial. “Dessa forma é possível entender melhor os fatores que impactam o engajamento dos colaboradores e criar estratégias mais assertivas para mantê-los motivados e produtivos”, explica Carla.
Outro fator que influencia diretamente a atração de talentos é o employer branding — ou marca empregadora. Empresas com uma imagem sólida no mercado de trabalho recebem 50% mais candidaturas qualificadas e reduzem em até 43% os custos com contratações, segundo pesquisa do LinkedIn.
“A nova geração de profissionais não busca apenas bons salários, mas um ambiente que ofereça desenvolvimento, propósito e qualidade de vida. Criar uma cultura forte e alinhada com os valores é essencial para construir uma equipe comprometida e de alta performance”, destaca a executiva.
Para os novos profissionais, flexibilidade, aprendizado contínuo e equilíbrio entre vida pessoal e profissional são prioridades. “As gerações mais jovens priorizam esses fatores. Empresas que se adaptam a essa realidade se tornam líderes em seus nichos”, aponta Carla.
Ela conclui que o papel da liderança também precisa mudar: “Os profissionais de hoje querem sentir que fazem parte de algo maior. Cabe às empresas criar um ambiente no qual as pessoas se sintam valorizadas e tenham perspectivas de crescimento”.