Da Redação. (Foto: divulgação Facesp)

Encontro aconteceu entre os dias 15 e 17 de maio em Águas de Lindóia (SP), e para a abertura oficial contou com ajuda de um convidado especial, o robô assistente Zig. Atibaia esteve representada pelo presidente da ACIA, Renato Russomanno, e a presidente do CMEC Atibaia, Adriane Andreo

A abertura do 21° Congresso das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), que este ano aconteceu na cidade de Águas de Lindóia (SP), contabilizou 1.000 pessoas no primeiro dia e contou com a participação de grandes nomes como Gilberto Kassab – Secretário Estadual do Governo e Relações Institucionais, Guilherme Afif Domingos – Secretário Estadual de Projetos Estratégicos, Gilberto Abdou Helou – Prefeito Municipal de Águas de Lindóia, Paulo Sérgio Galote – Presidente da Câmara Municipal da Estância de Águas de Lindóia, Alfredo Cotait Neto – Presidente da FACESP e da CACB, Marco Aurélio Bertaiolli – Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), Adriana Flosi – Diretora Executiva da FACESP e Organizadora do evento, Ana Claudia Badra Cotait – Presidente do CMEC da FACESP e da CACB, José Eduardo Rodrigues de Carvalho – Vice-presidente da FACESP – RA 16 Baixa Mogiana, Cristiano de Almeida Bueno, Presidente da Associação Comercial de Águas de Lindóia, Márcio Fabbris – Presidente da Equifax/Boa Vista, Leonardo Gonçalves, diretor de relações institucionais da CertiSign, Nelson Hervey Costa, Diretor Superintendente do SEBRAE/SP.

E o tema escolhido para esta edição foi “IA: um mundo mais inteligente”. Um assunto tão em voga como Inteligência Artificial não poderia ficar de fora de um congresso importante como esse. Este ano, a cerimônia de abertura do evento contou com um convidado inusitado, o ZIG, robô assistente do evento. 

Também foi realizada a assinatura do Termo de Adesão da Facesp e CDR (Central de Rede Nacional de Desenvolvimento Comercial S.A) para a rede de associações com o objetivo de oferecer infraestrutura às entidades no intuito de melhorar os processos das empresas. “Somos uma rede, temos que assumir compromissos acima daquilo que estamos acostumados. Uma rede como a nossa pode mudar o Brasil, uma rede liberal, associativa, sustentável que quer mudança na política nacional”, ressalta Alfredo Cotait Neto, Presidente da FACESP e da CACB.

Somos mais de 300 conselhos no estado de São Paulo e mais 850 conselhos no Brasil. O CMEC é um precursor de ideias”, afirma Ana Claudia Badra Cotait, Presidente do CMEC da FACESP e da CACB.

Nosso trabalho só é melhor porque fazemos junto com vocês. A gente tem um desafio grande de levar agendas importantes, além da parceria com o CMEC no fomento estratégico do empreendedorismo feminino em nosso estado. Juntos vamos conseguir melhorar a cultura empreendedora, melhorar o ambiente para se empreender, na construção da liberdade econômica”, disse Nelson Hervey Costa, Diretor Superintendente do SEBRAE/SP.

O que nos une aqui é a causa do empreendedor trabalhando por um país mais justo, um país onde os pequenos tenham mais oportunidades e esse congresso é sempre uma oportunidade que possamos explorar a força do pequeno empreendedor. Estamos aqui para levar para o Brasil, para os governos, a voz do empreendedor”, enfatiza Gilberto Kassab, Secretário Estadual do Governo e Relações Institucionais.

Quero agradecer a todos que estão aqui. Que possamos aprender uns com os outros e, que o congresso, seja um momento de transformação e conhecimento”, ressalta Roberto Mateus Ordine, Presidente da Associação Comercial de São Paulo.

O Secretário Estadual de Projetos Estratégicos, Guilherme Afif Domingos, iniciou seu discurso citando a tragédia do Rio Grande do Sul e comentou o quanto esse acontecimento tem deixado os brasileiros tristes e machucados. “Eles vão se levantar e quem vai reconstruir o Rio Grande do Sul serão os pequenos e médios empreendedores por meio de sua luta pela sobrevivência. Ser pequeno é sempre um recomeço e quem vai trabalhar para recuperar o estado é o pequeno”, declara Afif. O Secretário defendeu o liberalismo econômico e a democracia econômica e disse que sem ela, a democracia não existe.

‘Inteligência artificial é tão revolucionária quanto a criação da internet’

Pedro Doria, no 21° Congresso da Facesp. Foto: Vinicius Cordeiro

Da padaria de bairro a uma multinacional, todos os negócios estão fadados a passar por mudanças com a chegada de inovações como o ChatGPT, entre outros recursos que têm a inteligência artificial (IA) como base.

A reflexão, feita pelo jornalista Pedro Doria, especialista em tecnologia e transformação digital, durante o congresso, tem tudo a ver com os ganhos que a IA já oferece e ainda pode proporcionar. “Já estamos chegando na quarta geração, e podemos afirmar que a IA é tão revolucionária quanto a criação da internet”, disse o especialista.

Ao citar os serviços da Meta, empresa mãe do Facebook, Instagram e WhatsApp, que tocam em 3 bilhões de pessoas no mundo com seus recursos movidos pela IA, Doria chamou a atenção para o poder de persuasão das máquinas. Hoje, são quatro companhias na disputa da IA. Além da Meta, que lançou seu pacote de inteligência artificial generativa por meio de um modelo só de texto, chamado Llama, temos o Gemini, do Google, Claude 3, da Anthropic, e GPT, da OpenAI.

A grande questão é que esses grandes modelos de linguagem precisam de muito texto escrito por seres humanos para simular inteligência. E da forma como está hoje, Doria avalia que até 2026 se esgotará o que existe na internet para servir de treinamento.

O atual GPT 4 exemplifica bem essa teoria. Treinado com uma quantidade de textos que um ser humano levaria 20 mil anos para ler, essa é a quarta versão do modelo que pode auxiliar em uma série de tarefas, como escrever e-mails. Em geral, o treino vem de conteúdo encontrado na internet, como páginas da web toda, incluindo veículos noticiosos e sites de conversas.

A ponderação do especialista é que a partir do momento em que o sistema pode ser alimentado com os dados que os usuários desejam, as possibilidades da ferramenta se transformam por completo – e dessa forma, a IA deixa o lugar da curiosidade e passa a se tornar um produto de consumo.

E isso, certamente, colocará empresas em uma verdadeira corrida por uma nova transformação digital. Quem for mais ágil em incorporar a terceira geração terá resultados impressionantes mais cedo e cortará custos mais rápido, se tornando mais competitivo, e até quem sabe um gerador de riquezas isolado.

Os novos recursos poderão ser usados em serviços básicos como no atendimento ao cliente, assim como robôs já são capazes de conversar por voz ou texto com quem tem dificuldade técnica, e resolver os problemas. E esse uso poderá ser cada vez mais complexo.

Levando essa teoria para a prática, é possível imaginar que um estudante pode enviar os textos que cairão na prova e pedir ao ChatGPT que lhe faça perguntas para se testar. Assim como quem tem uma quantidade muito grande de texto para ler de um dia para o outro pode pedir um resumo.

Pensando num futuro bem próximo, Doria vai além. A IA pode descobrir doenças antes mesmo do diagnóstico de um médico ou projetar remédios. Com base na compreensão do histórico de sucessos e fracassos de uma empresa, essa tecnologia poderá sugerir novos produtos, outras estratégias de gestão, fazer rebranding – as possibilidades serão ilimitadas.

CONHECIMENTO GLOBAL – APLICAÇÃO LOCAL

Renato Russomanno, presidente da ACIA e Adriane Andreo, presidente do CMEC Atibaia (foto: cedida por Russomanno)

O presidente da Associação Comercial Industrial de Atibaia (ACIA), Renato Russomano, participou ativamente dos três dias de evento e destacou a importância da IA para o futuro dos negócios e como as empresas de Atibaia podem se beneficiar dessas tecnologias inovadoras. Ele enfatizou o compromisso da associação em promover a modernização e a competitividade das empresas locais por meio da adoção de novas tecnologias e falou sobre como pretende ampliar a implementação do acesso às esses recursos aos associados, como forma de fomentar o desenvolvimento do comércio e da indústria em Atibaia.

Hoje existem inúmeras ferramentas para facilitar a venda e o contato com o consumidor. E nós trouxemos toda essa tecnologia para o comerciante local, para os nossos associados. Hoje a ACIA já conta com inúmeras ferramentas de inteligência artificial e agora nós vamos adaptá-las e apresentá-las a todos os nossos associados. Assim eles vão poder ter um comércio mais produtivo e estar alinhados com a tecnologia atual“, afirmou Russomano.

ASSOCIATIVISMO FEMININO 

O segundo dia do 21° Congresso das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), contou com a palestra de Ana Claudia Badra Cotait, presidente do CMEC da Facesp e da CACB. Durante sua apresentação, ela destacou que o CMEC é um propulsor de ideias com a proposta de incentivar as mulheres a empreenderem e buscarem sua independência financeira.

Ana Claudia Badra Cotait, presidente do CMEC da Facesp e da CACB (Foto: divulgação Facesp)

Um conselho como este, que engloba centenas de conselhos distribuídos em diversas cidades do estado de São Paulo, não se sustenta apenas com marketing. Números expressivos mostram a grandiosidade do trabalho que é realizado por toda a equipe. Além disso, o CMEC tem um papel indispensável no incentivo ao empreendedorismo feminino não somente no estado de São Paulo como também por todo o Brasil“, disse Ana Claudia.

Capilaridade 

CMEC nacional: presença em 26 estados brasileiros, incluindo o Distrito Federal e 850 conselhos.

CMEC São Paulo: presente em mais de 300 Conselhos distribuídos em diversas cidades do estado de São Paulo. 

Atuação do CMEC na Facesp 

  • 250 Reuniões virtuais e 20 Reuniões presenciais
  • Quase 300 lideranças acompanhadas mensalmente pelo PDME
  • Mais de 700 atividades realizadas, impactando 4.000 mulheres no estado de São Paulo
  • 8 Conselhos iniciados nos últimos 6 meses 

Na capacitação FACESP Mulheres foram realizadas:

  • 11 turmas online, com 2500 inscritas
  • + de 20 eventos presenciais na capital de SP com quase 500 participantes
  • Eventos nacionais com mais de 25.000 inscritos (Web fórum e Liberdade para empreender) 

Estamos agora numa fase de reestruturação para o nosso crescimento. Criamos um plano de associativismo feminino, que consiste em trazer essas mulheres para perto das associações. Essa proposta agrega e muito as associações comerciais”, comenta Ana Claudia.

Adriane Andreo (foto: cedida por Andreo)

Em Atibaia, o CMEC é presidido, desde 25 de abril deste ano, pela empresária Adriane Andreo, que também esteve presente ao evento. Ainda iniciando sua gestão junto à instituição, Andreo destacou a necessidade que as mulheres que empreendem têm de encontrar apoio para além das questões técnicas, para alcançarem sucesso em seus negócios. Ela chama a atenção para o desafio diário que as mulheres enfrentam para conciliar vida pessoal e profissional frente aos encargos que lhes são socialmente impostos.

Nós queremos estimular o empreendedorismo feminino. Porém, sabemos que para a mulher, apesar de toda sua capacidade para cuidar da empresa, às vezes faltam ferramentas. E não só ferramentas voltadas para o negócio, mas ferramentas voltada para “eu”. Muitas vezes essa mulher está precisando de orientação, de uma palavra, de uma palestra motivacional que diga ‘vai lá que você consegue, vamos lá’. Então primeiro temos que fazer essa mulher levantar a cabeça e acreditar que ela é capaz – porque ela é. Mas muitas vezes ela é jogada para baixo. Então a gente precisa trazer essa mulher para cima e depois dar ferramentas e subsídios para ela conseguir tocar a empresa.

Sobre as inovações apresentadas no congresso, Andreo falou sobre o que pretende levar para Atibaia: “Trazemos desse evento algumas ferramentas que – agora com o início efetivo do nosso conselho – vamos passar a divulgar e implementar. Iremos trabalhar com programas de incentivo, para oferecer crédito, capacitações, mentorias e diversos outros serviços que irão ajudar as mulheres a impulsionarem seus negócios. E também entendemos a importância e iremos promover o networking entre as empresárias de toda a nossa cidade e, com isso, estimular cada vez mais o empreendedorismo feminino“, finalizou.

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